Profissão docente: uma instituição psicossocial



Título del documento: Profissão docente: uma instituição psicossocial
Revue: Educacao e pesquisa
Base de datos:
Número de sistema: 000540535
ISSN: 1517-9702
Autores: 1
1
Instituciones: 1Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Abr
Volumen: 35
Número: 1
Paginación: 165-176
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en portugués Atualmente ocorre um amplo debate a respeito do caráter profissional da atividade docente. Em uma das vertentes, afirma-se que uma profissão caracteriza-se pela existência de pessoas consideradas modelos ou líderes profissionais, o que não se encontra entre os professores. Para verificar a existência de líderes profissionais, aplicou-se um breve questionário a 700 professores que trabalham no município de Queimados, estado do Rio de Janeiro, com o retorno de 650. Solicitou-se que o entrevistado nomeasse um(a) professor(a) ao qual recorre quando tem algum problema " de ensino" ou " educação" . A ampla dispersão das respostas indica que não há, de fato, líderes profissionais. Desagregando os dados, verifica-se que as indicações tendem a ser no âmbito de cada unidade escolar (61,85%), ainda que ocorram muitas (36,46%) fora de suas unidades. A principal conclusão é que a unidade escolar, como grupo psicossocial, requer um exame mais acurado, pois os professores só o são neles e por eles. Tal grupo condiciona a maior ou menor eficácia de seus trabalhos, e quanto maior a coesão, mais satisfeitos estão, mesmo que o resultado de suas ações não seja o que outros consideram adequado, especialmente os atores sociais externos ao grupo imediato. A não existência de líderes profissionais é uma evidência de que se trata de um trabalho cujas regras e saberes são as dos grupos imediatos, o que nos leva a afirmar que a escola é a unidade psicossocial a ser investigada para compreendermos as resistências às mudanças.
Resumen en inglés There is a wide ongoing debate about the professional character of the teaching activity. One of the positions in this debate affirms that a profession is characterized by the existence of people regarded as professional models or leaders, something that cannot be found among teachers. To investigate the existence of professional leaders a brief questionnaire was submitted to 700 teachers working in the town of Queimados (State of Rio de Janeiro), of which 650 were returned. The interviewees were asked to name a teacher to whom they resort when facing a " teaching" or " education" problem. The wide dispersion of the answers indicates that, in fact, there are no professional leaders here. Separating the data reveals that the indications tend to occur within each school unit (61.85%), although many occur outside their units (36.46%). The first conclusion is that the school unit, as a psychosocial group, requires a more careful examination because teachers only exist in it and through it. This group determines the higher or lower effectiveness of their work, and the higher the cohesion the more satisfied they are, even if the result of their actions is not what others regard as adequate, particularly the social agents external to the immediate group. The inexistence of professional leaders is evidence that we deal here with a kind of work whose rules and knowledges are those of the immediate groups, which lead as to say that the school is the psychosocial unit to be investigated in order to understand the resistance to changes.
Keyword: Teaching profession,
Leadership,
Psychosocial group
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