Resistência feminina negra indígena e política ambiental no Estado da Bahia: colonialismos contemporâneos



Document title: Resistência feminina negra indígena e política ambiental no Estado da Bahia: colonialismos contemporâneos
Journal: Revista Odeere
Database:
System number: 000532073
ISSN: 2525-4715
Authors: 1
2
Institutions: 1Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade,
2Universidade Federal do Recôncavo da Bahia,
Year:
Volumen: 6
Number: 1
Pages: 342-369
Country: Brasil
Language: Portugués
Portuguese abstract Neste artigo busca-se iluminar o papel e a resistência das mulheres nativas negro-indígenas do Litoral Sul da Bahia frente à atuação da política ambiental do Estado, posta por meio da criação do PESC – o Parque Estadual da Serra do Conduru –, pelo Decreto Estadual nº 6.227 de 1997, em áreas dos municípios de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré. Considerando a historicidade do território e de suas populações tradicionais, almejamos apontar como a importação e a instalação de um modelo de criação de área de proteção ambiental baseado no paradigma euro-estadunidense da conservação da natureza versus presença humana[1], de que fala Diegues, são violentas à existência e às formas de vida e ocupação das populações nativas residentes nesse território, revelando o racismo ambiental e a política de apagamento e morte destinada aos corpos e territórios negro-indígenas do litoral do estado mais negro do país[2]. Neste contexto de luta pelo território de identidade e pela própria identidade, as mulheres negro-indígenas do Litoral Sul da Bahia aparecem como importantes agentes de resistência e defesa da vida e da natureza.
Full text: Texto completo (Ver PDF)