Document title: Os "SEM SENTIMENTOS"
Journal: Revista espaco do curriculo
Database:
System number: 000533554
ISSN: 1983-1579
Authors: 1
1
2
Institutions: 1Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.,
2Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.,
Year:
Volumen: 13
Number: 3
Pages: 426-434
Country: Brasil
Language: Portugués
English abstract Identifying as one of the effects of marginalization on subjectivity, the theft of the intimate word, the choking of singular speech that escapes the narrow repertoire of discourses that already precede them, we have been developing workshops in different contexts with people who, or have passed through the penal, socio-educational system, or are effectively in them. Because we realize that, in some way, there is a serious difficulty in talking about feelings, that is, in talking about what makes us up but that does not have a clear outline, which is not evident even for ourselves and precisely because this is what we are, we made this perception the reason for a series of psychoanalytically inspired activities with young interns at the CRIAAD and CAI units - Baixada do Degase / RJ. In this article, then, the expression, common to be advertised as a "positive" characteristic of the criminal, "without feeling", found written in pencil, even on one of the tables in the room where we work with them, triggers a seam among some reports from our workshops and a theoretical repertoire of studies of subjectivity, notably, drawing consequences from the concept of necropolitics in Mbembe, in the sense of investigating how the subjectivities marked by the identification as "killable" are falsely divorced from their feelings, settling in a supposed coldness monstrous that, in life, facilitates living with his death while imminent.
Spanish abstract Identificándose como uno de los efectos de la marginación en la subjetividad, el robo de la palabra íntima, la asfixia del discurso singular que escapa al estrecho repertorio de discursos que ya los preceden, durante aproximadamente dos años hemos desarrollado talleres en diferentes contextos con personas que, o han passado por el sistema penal, o el sistema socioeducativo, o están efectivamente en ellos. Una vez que nos damos cuenta de que, de alguna manera, existe una seria dificultad para hablar sobre los sentimientos, es decir, sobre lo que nos hace pero que no tiene un contorno claro, lo cual no es evidente incluso para nosotros y precisamente por eso es justo lo que somos, convertimos esta percepción en la razón de una serie de actividades de inspiración psicoanalítica con jóvenes pasantes en las unidades CRIAAD y CAI: Baixada del Degase / RJ. En este artículo, entonces, la expresión, común de ser anunciada como una característica "positiva" del criminal, "sin sentimiento", que se encuentra escrita a lápiz, incluso en una de las mesas en la sala donde trabajamos con ellos, desencadena una costura entre algunos reportes de nuestros talleres y un repertorio teórico de estudios de la subjetividad, en particular, extrayendo consecuencias del concepto de necropolítica en Mbembe, en el sentido de investigar cómo las subjetividades marcadas por la identificación como "matable" están falsamente divorciadas de sus sentimientos, estableciéndose en una supuesta frialdad monstruosa que, en vida, facilita vivir con su muerte como que inminente.
Portuguese abstract Identificando como um dos efeitos da marginalização na subjetividade, o roubo da palavra íntima, a asfixia da fala singular que fuja do estreito repertório de discursos que já os precedem, há cerca de dois anos desenvolvemos oficinas em contextos variados com pessoas que, ou tenham passado pelo sistema penal, pelo socioeducativo, ou estejam efetivamente neles. Por percebermos que, de algum modo, se instaura uma grave dificuldade em se falar de sentimentos, ou seja, em se falar daquilo que nos compõe mas que não tem bem um contorno nítido, que não se mostra evidente nem para nós mesmos e justamente por isso é tão o que somos, fizemos dessa percepção o motivo para uma série de atividades com inspiração psicanalítica com jovens internos nas unidades CRIAAD e CAI – Baixada do Degase/RJ. Neste artigo, então, a expressão, comum de ser anunciada como uma característica "positiva" do criminalizado, o "sem sentimento", encontrada escrita à lápis, inclusive, sobre uma das mesas da sala onde trabalhamos com eles, dispara uma costura entre alguns relatos de nossas oficinas e um repertório teórico dos estudos da subjetividade, notadamente, retirando consequências do conceito de necropolítica em Mbembe, no sentido de investigar como as subjetividades marcadas pela identificação como "matável" se divorcia falsamente de seus sentimentos, se fixando numa suposta frieza monstruosa que, em vida, facilita o convívio com sua morte enquanto que iminente.
Keyword: Socioeducativa,
Necropolítica,
Juventud,
Subjetividad,
Psicoanálisis
Keyword: Socio-educational,
Necropolitics,
Youth,
Subjectivity,
Psychoanalysis
Full text: Texto completo (Ver PDF)