A ironia na teoria do romance: da exigência normativo-composicional do romance em Goethe ao viver a arte em Novalis



Título del documento: A ironia na teoria do romance: da exigência normativo-composicional do romance em Goethe ao viver a arte em Novalis
Revue: Trans/form/acao
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000364022
ISSN: 0101-3173
Autores:
Año:
Periodo: May-Ago
Volumen: 35
Número: 2
Paginación: 51-67
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Teórico, analítico
Resumen en inglés The present work intends to explain the concept of irony in the theory of the novel. The explication of the concept of irony unfolds in a double process: as a normative-compositional requirement and as a subjective radicalization that exceeds normativity. In the first sense, irony conceptually configures a totality in an epic work, based on the objective fragmentation in modern social relations. In this sense, irony is presented as a subjective move that serves the epic normativity of the novel, as its purpose is to harmonize the subjective ideal with historical bourgeois objectivity. Its paradigm is represented, in this article, by Goethe. The other sense in which Romantic irony appears is demarcated by the extreme form of subjectivity. This sense of irony, recognizing the impossibility of the realization of its harmonious ideal in modernity because the modern world presents itself as an effectivity opposed to subjective longing, takes refuge in its own interiority and distances itself from the present world, seeking refuge in times and places more propitious to poetical realization. Novalis is the model of this ironic radicalization. This ironic form, contrary to "ironic cadence" of Goethe, negates the novel form, because the subjective aspect of pure reflection, the lyrical, superposes the objective historical present that the novel inevitably must leave behind
Resumen en portugués O presente artigo busca explicitar o conceito de ironia na Teoria do romance. A explicitação do conceito de ironia se desdobrará num desenvolvimento duplo: como exigência normativo-composicional e como radicalização subjetiva que excede a normatividade. No primeiro sentido, a ironia configura subjetivamente uma totalidade na obra épica, partindo da sua fragmentação objetiva nas relações sociais modernas. Nessa acepção, a ironia se apresenta como uma manobra subjetiva a serviço da normatividade épica do romance, pois sua finalidade é harmonizar o ideal subjetivo com a objetividade histórica burguesa. Seu paradigma é representado, neste artigo, por Goethe. O outro sentido pelo qual a ironia romântica aparece é demarcado pela forma extremada da subjetividade. Esta, reconhecendo uma impossibilidade de realização de seu ideal harmônico na modernidade, porque o mundo moderno se lhe apresenta como uma efetividade oposta aos anseios subjetivos, refugia-se na própria interioridade e se distancia do mundo presente, buscando refúgio em tempos e lugares mais propícios à realização poética. Novalis é o modelo dessa ironia radicalizada. Essa forma irônica, ao contrário da "cadência irônica" de Goethe, aniquila a forma romance, uma vez que o aspecto subjetivo da pura reflexão, a lírica, se sobrepõe à objetividade histórica presente que o romance também necessariamente deve encerrar
Disciplinas: Filosofía,
Literatura y lingüística
Palabras clave: Doctrinas y corrientes filosóficas,
Géneros literarios,
Lukacs, Georgy,
Novela,
"Teoría de la novela",
Ironía,
Goethe, Johann Wolfgang von,
Novalis,
Mundo moderno,
Subjetividad
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