''Não'' à criação de uma universidade no Brasil



Título del documento: ''Não'' à criação de uma universidade no Brasil
Revue: Revista Brasileira de História da Ciência
Base de datos:
Número de sistema: 000551990
ISSN: 2176-3275
Autores: 1
2
3
Instituciones: 1Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC e Universidade de Coimbra - UC),
2Departamento de Física e Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC),
3Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Año:
Volumen: 10
Número: 2
Paginación: 201-210
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en inglés This paper investigates an early attempt of establishing the first university in colonial Brazil, making use of a recently discovered document from the seventeenth century. The document is a legal opinion from 1670, elaborated by the Portuguese royal court known as Mesa da Consciência e Ordens, denying a request of the attorney for the Estado do Brasil, who had petioned the Portuguese king D. Pedro II to recognize the Estudos Gerais of the Jesuit College of Bahia as the first university in Brazil. He requested that at least the students graduating in Theology and Philosophy should be granted the same degree as those graduating from the University of Coimbra. The justification for this request was based on the high quality of the teaching offered at the College, as well as on the difficulty and elevated cost that made it impossible for Portuguese-Brazilian youth to attend the Portuguese universities of the time, the University of Coimbra and the University of Évora. We analyze the counter reasons presented by the royal counselors, based on the opinion of the Rector of the University of Coimbra, Father André Furtado de Mendonça, to deny the authorization of establishing a university in Brazil. These arguments possibly served as models to further negative replies to similar requests presented during the time of Portuguese rule.
Resumen en portugués Neste trabalho, a partir da localização recente de um documento do século XVII, foi analisada uma das tentativas para o estabelecimento da primeira universidade no Brasil, durante o período colonial. Em 1670, foi elaborado um parecer pela Mesa da Consciência e Ordens, o tribunal régio português, negando o pleito do então Procurador do Estado do Brasil, enviado ao monarca D. Pedro II, para que se reconhecessem os Estudos Gerais do Colégio Jesuíta da Bahia como a primeira universidade do Brasil. Propunha-se que, ao menos, os alunos ali graduados em Teologia e Filosofia recebessem o mesmo título que os bacharéis da Universidade de Coimbra. A justificativa apresentada para tal solicitação escorava-se no nível do ensino praticado no Colégio, bem como na dificuldade e no elevado custo que impossibilitavam a ida de jovens luso-brasileiros às universidades portuguesas da época, a Universidade de Coimbra e a Universidade de Évora. Analisamos aqui os argumentos apresentados pelos conselheiros da Mesa, com base no parecer do Reitor da Universidade de Coimbra, Padre André Furtado de Mendonça, para negar a autorização de uma formação universitária no Brasil. Estes argumentos possivelmente serviram de referência a outras respostas negativas a pleitos similares e posteriores, durante a dominação portuguesa.
Keyword: history of universities in Brazil,
Jesuit College of Bahia,
colonial Brazil
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