O direito à dimensão existencial nas cidades



Título del documento: O direito à dimensão existencial nas cidades
Revista: Quid 16
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000448703
ISSN: 2250-4060
Autores:
Año:
Periodo: Nov-Oct
Número: 5
Paginación: 170-212
País: Argentina
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés The planning of the contemporary cities is reduced to the application of urban regulations around architectural projects, which are the main instruments for the transformation of the cities. In Portugal, the urban regeneration is the dominant agenda for the historic city centers, which are inhabited by old people with more than 65 years old, living in their houses for more than 40 years, paying lower rents, earning lower income, and without proper habitability conditions. For the regeneration of these inhabited and degraded areas, architectural projects are made according to urban regulations and, in the case of the most decayed buildings. Looking at the architectural projects as instruments for the transformation of the cities, they tell us nothing about the existential dimension of those who live in the houses, full of “things”, furniture, utensils, clothes and objects. When the old people leave their homes, they feel homesick, sadness, angry, anxiety, melancholy, because the place they lived in is going to die. To understand this behaviour manifested by the inhabitants, audiovisual practices were made according to the exploratory method. The shooting began in 2008, around the daily life of a 77 years old woman who was about to leave her home for the first time, in which she was born and lived all her life, to carry out the regeneration works. In 2012, with audiovisual practice dealing with this bodily experience while emotional expression manifested by the old woman, one concludes that the contemporary city transforms itself upon empty architectural projects, which do not respect, and abolish, the orientation and identification of those who live in there. And so, it’s urgent the right to the existential dimension in the cities
Resumen en portugués O planeamento das cidades contemporâneas reduz-se na aplicação de normas urbanísticas em torno de projectos arquitectónicos, que são os instrumentos de excelência na transformação das cidades. Em Portugal, a reabilitação urbana é um discurso dominante, nomeadamente nos centros históricos das cidades, que são habitados por pessoas idosas com mais de 65 anos, que vivem nas suas casas há mais de 40 anos e pagam rendas muito baixas, que têm rendimentos muito baixos e vivem em más condições de habitabilidade. Neste contexto, para a reabilitação destas áreas habitadas e degradadas, são realizados projectos de arquitectura de acordo com as normas urbanísticas para os edifícios que estão muito degradados. Olhando para os projectos de arquitectura enquanto instrumentos de transformação das cidades, nada nos dizem sobre a dimensão existencial de quem habita nestas casas, que estão cheias de “coisas”, móveis, utensílios, roupas e objectos. Quando os moradores saem das suas casas para a execução das obras, manifestam comportamentos de desorientação, tristeza, revolta, ansiedade, choro, melancolia, etc. porque o lugar que habitaram vai morrer. Para entender este comportamento manifestado pelos moradores, realizaram-se práticas audiovisuais segundo o método exploratório. Em 2008, começaram as filmagens em torno do quotidiano de uma idosa no Centro Histórico de Évora, que aos 77 anos de idade vai sair pela primeira vez da casa onde nasceu e sempre viveu, para a execução de obras na sua casa. Em 2012, com esta prática audiovisual em torno desta experiência corporal enquanto expressão emocional manifestada pela moradora, conclui-se que a cidade contemporânea transforma-se a partir de projectos arquitectónicos vazios que não respeitam e anulam a orientação e a identificação de quem as habita. E neste sentido, é emergente o direito à dimensão existencial nas
Disciplinas: Sociología,
Ingeniería
Palabras clave: Sociología urbana,
Urbanismo,
Política urbana,
Dimensión existencial,
Ciudades,
Renovación urbana,
Portugal
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