Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários



Título del documento: Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários
Revue: Estudos feministas
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000281902
ISSN: 0104-026X
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal Fluminense, Niteroi, Rio de Janeiro. Brasil
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 13
Número: 3
Paginación: 591-612
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés In the 1960s, amidst the counter-cultural revolution, women's rebellion emerged side by side with the struggle of North-American Blacks for civil rights and demonstrations against the Vietnam War. A new wave of Feminism broke out in the United States and in Europe, soon followed by a similar movement in Brazil. The women involved pointed to the separation between the public and the private, the personal and the political as a mystification, insisting that domination had a structural character, manifested in the relations of everyday life, and that such systematic character was obscured by the belief that it was the product of personal relations. At that time, Brazil was living under a military dictatorship, with some groups opposing such authoritarian regime and promoting cultural criticism. Mockery was their weapon, as especially illustrated by the members of the newspaper O Pasquim. Paradoxically, the mordacity of many of such writers was visited on women, those women who, fighting for their rights, assumed attitudes which broke with the traditional model of femininity and with established gender relations. They ridiculed militant women by means of labels such as masculine, ugly, bad-tempered, and even perverted and promiscuous, which generated a great response to their articles. We may infer from this attitude that there was a fear of loss of power in gender relations, which reveals a strong conservatism in men who otherwise were libertarians
Resumen en portugués Nos anos 1960, em meio à rebelião contracultural, acompanhada pela luta dos negros norte-americanos em busca dos direitos civis e pelos protestos contra a guerra do Vietnam, emerge a rebelião das mulheres. Irrompe uma nova vaga feminista nos Estados Unidos e na Europa, a qual também se manifestou vivamente no Brasil. Apontavam tais mulheres como uma mistificação a separação entre o público e o privado, entre o pessoal e o político, insistindo sobre o caráter estrutural da dominação, expresso nas relações da vida cotidiana. Dominação cujo caráter sistemático apresentava-se obscurecido, como se fosse produto de situações pessoais. No momento, o Brasil via-se acossado pela ditadura militar, destacando-se o empenho de alguns, inspirados nos ideais da contracultura, em opor-se ao regime, combatendo o autoritarismo e promovendo a crítica de costumes. A ridicularização era a sua arma, ressaltando-se, nesse particular, os membros do jornal O Pasquim. Paradoxalmente, porém, a mordacidade de muitos de seus articulistas voltou-se, igualmente, contra as mulheres que lutavam por direitos ou que assumiam atitudes consideradas inadequadas ao modelo tradicional de feminilidade e às relações estabelecidas entre os gêneros. Ridicularizavam as militantes, utilizando-se dos rótulos de "masculinizadas, feias, despeitadas", quando não de "depravadas, promíscuas", no que conseguiam tais articulistas grande repercussão. Depreende-se dessa conduta o temor da perda do predomínio masculino nas relações de poder entre os gêneros, no que ev
Disciplinas: Sociología
Palabras clave: Sociología de la mujer,
Brasil,
Mujeres,
Feminismo,
Movilización social,
Conservadurismo,
Historia social,
Estudios de género,
Burlas,
Desprestigio
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