Do cativeiro ao mar: escravos na Marinha de Guerra



Título del documento: Do cativeiro ao mar: escravos na Marinha de Guerra
Revue: Estudos afro-asiaticos
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000275048
ISSN: 0101-546X
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Sao Paulo. Brasil
Año:
Periodo: Dic
Número: 38
Paginación: 85-112
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Histórico, descriptivo
Resumen en inglés This paper aims at showing the Brazilian Navy used to be one of the routes followed by fugitive slaves throughout the nineteenth century. Some works have already been published on free slaves that took part in the war against Paraguay. However, with regard to non-emancipated slaves those who escaped and cheated the apparatuses of both the police and conscription during the nineteenth century historiographic comments are rather scarce. The author has analyzed official communications exchanged between the court's chief of police and the officer in charge of Navy headquarters, which have revealed flaws in enlistment caused by the need to man warships and by police interest in ridding themselves of men regarded as vagrants or beggars, as well as minors etc. On the other hand, in wartime and during political crises and revolt slaves could give variable meanings to the word freedom. During the process of independence, the Sabinada rebellion, the war against Paraguay and other times of crisis, slaves would escape, cheat draft officials, take up their posts on the front in either loyalist or separatist forces, and thereby gain liberty. That freedom, however, was not to be ensured unless they fought tooth and nail for the cause of war, all of which discloses a political meaning not so much related to the branch of the armed forces they were enrolled in as to their own personal interests
Resumen en portugués O artigo procura revelar que, ao longo do século XIX, a Marinha de Guerra Brasileira era um dos caminhos seguidos pelos escravos fugidos para alcançar a liberdade. Já existem algumas obras que tratam dos escravos emancipados para a guerra do Paraguai. Contudo, temos somente alguns poucos comentários na historiografia sobre os escravos não-emancipados - que fugiam e burlavam os aparato policial e de recrutamento militar ao longo do século XIX. Analisei os ofícios trocados entre o chefe de polícia da Corte e o encarregado do quartel general da Marinha, que revelaram as falhas do alistamento militar provocadas pela necessidade de homens para a Armada e pelo interesse do aparato policial em se livrar daqueles tidos como vadios, mendigos, menores, etc. Além disso, em momentos de guerra, crises políticas e revoltas, os escravos poderiam ter variadas interpretações da palavra liberdade. No processo de independência, na Sabinada, na guerra Paraguai e em outros momentos de crise, os escravos fugiram, enganaram recrutadores, assumiram seus postos no front em forças legalistas ou separatistas e alcançaram a liberdade. Todavia, essa mesma liberdade não estaria garantida, se eles não lutassem com unhas e dentes pela causa da guerra. O que revela um sentido político não ligado à Força Armada que participavam, mas aos seus próprios interesses
Disciplinas: Historia
Palabras clave: Historia regional,
Historia social,
Brasil,
Paraguay,
Esclavitud,
Fugas,
Alistamiento militar,
Marina de guerra,
Movimientos separatistas,
Guerra del Paraguay
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