As "escravas perpétuas" & o "ensino prático": raça, gênero e educação no Moçambique colonial, 1910-1930



Título del documento: As "escravas perpétuas" & o "ensino prático": raça, gênero e educação no Moçambique colonial, 1910-1930
Revue: Estudos afro-asiaticos
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000275081
ISSN: 0101-546X
Autores:
Año:
Volumen: 24
Número: 3
Paginación: 459-482
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Histórico, analítico
Resumen en inglés In Lourenço Marques, Moçambique, emerged with the colonial domination a social class composed by Negroes and mulatos, which little by little started to articulate themselves as a group and to make claims. From the moment they had a newspaper as a spokesperson on, they started to defend that schools should be built and that the education should be extended within the Colony because they believed that the population's happiness would come from the education - the ultimate social emancipation source. To do so, they believed that the female education, women's freedom factor, should be spread in relation to both the ancient and the modern customs. In a social environment marked by racism, the educational system would not differ and the student's apartheid topic took the streets. From 1930 on, the New State made official this race separation by institutionalizing different levels of education based on the student's skin color. This little Negro and mulatto bourgeoisie heavily reacted to these excluding laws since they thought the skin color should not be used as a way of judgment because it cannot tell one's good or bad qualities
Resumen en portugués Em Lourenço Marques, Moçambique, emergiu com a dominação colonial uma camada social de negros e mulatos que, pouco a pouco, passou a se articular como grupo e a fazer reivindicações. A partir do momento em que tiveram um jornal para lhes servir de porta-voz, passaram a defender a instalação de escolas e a extensão do ensino em toda a Colônia, pois partilhavam da crença iluminista de que a felicidade do povo decorria da difusão da educação, fonte de emancipação social. Para isto julgavam que era preciso difundir a educação feminina, fator de libertação da mulher, quer em relação às práticas ancestrais, quer modernas. Num meio social marcado pelo racismo, o sistema educacional não estava isento de sê-lo e o tema da separação racial dos alunos ganhou as ruas. A partir de 1930, o Estado Novo oficializou a separação, instituindo diferentes níveis de ensino baseado na cor da pele dos alunos. A pequena burguesia negra e mulata reagiu fortemente a estas práticas excludentes, pois julgava que a cor da pele não deveria ser usada como critério para nada, pois esta não era indício de boas ou más qualidades individuais que deveriam prevalecer
Disciplinas: Antropología,
Demografía,
Sociología
Palabras clave: Etnohistoria,
Sociología de la población,
Sociología de la mujer,
Portugal,
Mozambique,
Epoca colonial,
Administración colonial,
Racismo,
Discriminación,
Población,
Negros,
Mulatos,
Estudios raciales,
Educación,
Mujeres,
Participación política,
Estudios de género
Texte intégral: Texto completo (Ver HTML)