O processo pedagogico da luta de genero na luta pela terra: o desafio de transformar praticas e relacoes sociais



Título del documento: O processo pedagogico da luta de genero na luta pela terra: o desafio de transformar praticas e relacoes sociais
Revue: Educar em revista
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000421844
ISSN: 0104-4060
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Parana, Curitiba, Parana. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Mar
Número: 55
Paginación: 87-109
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés This paper analyses the pedagogical process of gender struggle that takes place within the struggle for land from the agency of rural workers’ women. Based on the literature on education, gender and social movements and, from extensive field work carried out in southern Brazil with women and men of the Landless Workers Movement (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) and the Peasant Women’s Movement (Movimento de Mulheres Camponesas – MMC), this study highlights the key elements that contributed to the empowerment of rural women and the shifting of gender relations within land struggle. When examining the impact of socio-educational intention in changing gender relations, it is argued that the social knowledge produced within the political-organizational struggle, from a class consciousness and the influence of feminist theory, promotes the organization of peasant women around strategic gender demands aiming to confront inequality and women’s subordination. It is evident, however, that despite its importance, this pedagogical process which emerges in the dynamics of social struggle is not enough for the transformation of gender relations. There is a need for laws and affirmative action policies that guarantee effective conditions for women’s political, economic and social participation
Resumen en portugués O presente artigo analisa o processo pedagógico da luta de gênero que ocorre dentro da luta pela terra a partir do protagonismo das mulheres trabalhadoras do campo. Com base na literatura da temática da educação, gênero e movimentos sociais e, a partir de extensa pesquisa de campo desenvolvida no Sul do Brasil com mulheres e homens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e com o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), este estudo evidencia os principais elementos que contribuíram para o empoderamento das mulheres camponesas e a mutação das relações de gênero na luta pela terra. Ao examinar o impacto da intencionalidade socioeducativa na transformação das relações de gênero, argumenta-se que o saber social produzido na luta político-organizativa, a partir de uma leitura de classe e da influência da teoria feminista, promove a organização das mulheres camponesas em torno das demandas estratégicas de gênero com vistas ao enfrentamento das desigualdades e da subalternização da mulher. Evidencia-se, no entanto, que apesar de sua importância, este processo pedagógico que emerge na dinâmica da luta social não é o suficiente para a transformação das relações de gênero. Há a necessidade de leis e políticas afirmativas que garantam à mulher condições efetivas de participação política, econômica e social
Disciplinas: Educación,
Sociología
Palabras clave: Cambio político,
Movimientos sociopolíticos,
Pedagogía,
Sociología rural,
Reforma agraria,
Brasil
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