A voz articulada proveniente das nuvens e a biblioteca natural de Cleanthes nos "Diálogos sobre a Religião Natural" de Hume



Título del documento: A voz articulada proveniente das nuvens e a biblioteca natural de Cleanthes nos "Diálogos sobre a Religião Natural" de Hume
Revue: Controversia (Sao Leopoldo)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000408942
ISSN: 1808-5253
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. Brasil
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 7
Número: 3
Paginación: 57-70
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés This article examines the curious examples that the character Cleanthes presents in Part III of Hume‘s Dialogues Concerning Natural Religion, namely: i) the articulate voice from the clouds (D 3 § 2: 48) and ii) the natural library filled with books which perpetuate themselves in the same manner as animals and vegetables, that is, by descent and propagation (D 3 § 4: 49). The examples, as we shall see, are mental experiments that Cleanthes offers to respond to Philo‘s first objections to the argument from design. Among the commentators of Hume‘s works, William Morris takes them as bizarre, irrelevant and inconsistent with the experimental methodology of Cleanthes. E. Rabbitte claims that the examples show that Cleanthes missed the central point of Philo‘s critique and appears sympathetic to Kemp Smith‘s interpretation that the examples serve to illustrate Cleanthes‘ failure to recognize the strength and extent of Philo‘s critique of the analogy implied in the argument from design and to prepare the way for Philo‘s counter-arguments to Cleanthes‘ theory. Keith Yandell, in turn, thinks that Cleanthes‘ strategy in these examples seems quite appropriate. Based on this set of different interpretations, I intend to clarify the meaning and relationship of these examples with Philo‘s critique of the argument from design and to show that, in fact, they may be considered bizarre, but play a key role in the argumentative strategy of Philo and Hume in the Dialogues as a whole, as Smith and Yandell suggest
Resumen en portugués Meu objetivo neste artigo visa a um exame dos curiosos exemplos que o personagem Cleanthes apresenta na parte III dos Diálogos sobre a Religião Natural de Hume, a saber, i) o da voz articulada proveniente das nuvens (D 3 § 2: 48) e ii) o da biblioteca natural repleta de livros que se perpetuam da mesma maneira que os animais e vegetais, isto é, por descendência e propagação (D 3 § 4: 49). Tais exemplos são, conforme veremos, experimentos mentais que Cleanthes oferece como réplica às primeiras objeções que Philo apresenta ao argumento do desígnio. Entre os comentadores de Hume, William Morris os toma como bizarros, irrelevantes e inconsistentes com a metodologia experimental de Cleanthes. E. Rabbitte afirma que os exemplos mostram que Cleanthes ano entendeu o ponto central da crítica de Philo, e se mostra simpático à interpretação de Kemp Smith segundo a qual o primeiro exemplo serve para ilustrar o fracasso de Cleanthes em reconhecer o alcance e a força da crítica de Philo à analogia implicada no argumento do desígnio, e o segundo para preparar o caminho de Philo para entrar com sua artilharia de contra-argumentos às teses de Cleanthes. Keith Yandell, por sua vez, defende que a estratégia de Cleanthes quanto a estes exemplos parece bastante apropriada. Diante deste cenário de interpretações diversas, além de tentar esclarecer o significado e relação desses exemplos com a crítica de Philo ao argumento do desígnio, pretendo mostrar que eles cumprem um papel crucial na estratégia argumentativa de Philo e Hume nos Diálogos como um todo, conforme Smith e Yandell sugerem
Disciplinas: Filosofía
Palabras clave: Metafísica,
Doctrinas y corrientes filosóficas,
Historia de la filosofía,
Filosofía de la religión,
Diseño,
Crítica,
Analogía,
Hume, David
Texte intégral: Texto completo (Ver PDF)