O camarada de um amor sem nome: medo e desejo na União Soviética (1917-1934)



Título del documento: O camarada de um amor sem nome: medo e desejo na União Soviética (1917-1934)
Revue: Caderno espaco feminino
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000338265
ISSN: 1516-9286
Autores: 1
Instituciones: 1Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro, Instituto de Relacoes Internacionais, Rio de Janeiro. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Dic
Volumen: 23
Número: 1-2
Paginación: 277-307
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés The aim of this paper is to propose a review of the most traditional explanations of the position of the Soviet government in relation to male homosexuality from 1917 to 1934. The central argument shows that the decriminalization of sodomy in the first years of the Russian Revolution did not mean that male homosexuality was no longer vulnerable to persecution. Gradually, the myth that Russia was an innocent nation about male homosexuality helped to build the image of heterosexuality as a universal and pure natural pattern in the social fabric. Male homosexuality was gradually relegated to Western Europe – seen as a reproducer of the “diseases of civilization” – and the East, conceived as “exotic” and “backward”. The criminalization of male homosexuality from Stalin’s government helped to form the identity of the Soviet Union as a repressive state. However, the persistence of male homosexual subculture in the Soviet Union showed the incompleteness of the state-building apparatus
Resumen en portugués O objetivo deste artigo é propor o reexame das explicações mais tradicionais sobre a posição do governo soviético com relação à homossexualidade masculina de 1917 a 1934. O argumento central aponta que a descriminalização da sodomia nos primeiros anos da Revolução Russa não significava que a homossexualidade masculina deixara de ser vulnerável à perseguição. Gradativamente, o mito de que a Rússia era uma nação “inocente” acerca da homossexualidade masculina ajudava a construir a imagem da heterossexualidade universal e pura como um padrão natural no tecido social, de forma que a homossexualidade masculina era paulatinamente relegada à Europa Ocidental – vista como reprodutora das “doenças da civilização” – e ao Oriente, concebido como “exótico” e “atrasado”. A criminalização da homossexualidade masculina a partir do governo de Stalin atuou constituindo a identidade da União Soviética como um Estado repressor. Porém, a permanência da subcultura homossexual masculina na União Soviética mostrava a incompletude do aparelho de construção estatal
Disciplinas: Sociología
Palabras clave: Sociología de la sexualidad,
Unión Soviética,
Homosexualidad,
Estado,
Identidad,
Stalin, José
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