Origem e dispersão dos Tupiguarani: o que diz a morfologia craniana?



Título del documento: Origem e dispersão dos Tupiguarani: o que diz a morfologia craniana?
Revue: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciencias humanas
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000339644
ISSN: 1981-8122
Autores: 1
1
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1
2
Instituciones: 1Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. Brasil
2Max Planck Society, Institute for Evolutionary Anthropology, Leipzig. Alemania
Año:
Periodo: Ene-Abr
Volumen: 6
Número: 1
Paginación: 95-122
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés The origin and dispersion of the Tupiguarani groups have been intensely debated among archaeologists and linguists in the last five decades. In summary it is widely accepted by archeologists that the ethnogenesis of this linguistic stock, who occupied the majority of Brazilian territory and part of Bolivia, Paraguay, Uruguay and Argentina, can be traced to Amazonia and from there migrated eastward and southward around 2,500 years before present, although a dispersion in the opposite direction, i.e., from south to north, with an origin in the basin of the Tietê-Paraná region, has not been completely ruled out. Among the archaeologists who regard Amazonia as the birthplace of these people, some believe that they originated in Central Amazonia. Others believe that the Tupiguarani’s ethnogenesis occurred in southwestern Amazonia, where the majority of Tupi linguistic diversity is currently concentrated. In this study, the morphology of 19 human skulls associated with the Tupiguarani archaeological tradition, or ethnographically described as such, were compared with several prehistoric and ethnographic cranial series from Brazil by means of multivariate statistics. Two multivariate techniques were used: Principal Components Analysis applied to the centroid of each series and the Mahalanobis Distance applied to the individual data. Our results suggest an Amazonian connection for the Tupiguarani people, mainly because of the strong association found between Tupi and Guarani skulls from southern and southeastern Brazil and Tupi from northern Brazil with specimens from Marajó Island included in the work
Resumen en portugués A origem e a dispersão dos povos Tupiguarani têm sido intensamente debatidas entre arqueólogos e linguistas nas últimas cinco décadas. Em resumo, pode-se dizer que a ideia de que esses povos, que ocuparam grande parte do território brasileiro e parte da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina, tiveram sua etnogênese na Amazônia e dali partiram para o leste e para o sul, por volta de 2.500 anos antes do presente, é bastante aceita entre os especialistas, embora uma dispersão no sentido oposto, isto é, do sul para o norte, com origem na bacia do Tietê-Paraná, não seja completamente descartada. Entre os arqueólogos que consideram a Amazônia como berço desses povos, alguns acreditam que esse surgimento se deu na Amazônia central. Outros acreditam que a etnogênese Tupiguarani ocorreu no sudoeste da Amazônia, onde hoje se concentra a maior diversidade linguística do tronco Tupi. Neste trabalho, a morfologia de 19 crânios associados à cerâmica Tupiguarani ou etnograficamente classificados como tais foram comparados a várias séries cranianas pré-históricas e etnográficas brasileiras por meio de estatísticas multivariadas. Duas técnicas multivariadas foram empregadas: Análise de Componentes Principais, aplicada sobre os centróides de cada série, e Distâncias de Mahalanobis, aplicadas aos dados individuais. Os resultados obtidos sugerem uma origem amazônica para os povos Tupiguarani, sobretudo pela forte associação encontrada entre crânios Tupi e Guarani do sudeste e do sul brasileiro e dos Tupi do norte do Brasil, com os espécimes provenientes da ilha de Marajó incluídos no estudo
Disciplinas: Antropología
Palabras clave: Antropología física,
Etnología y antropología social,
Craneometría,
Morfología,
Indígenas,
América,
Tupí-Guaraní,
Brasil
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