De um ponto de vista filosófico, poderá o budismo ser uma ciencia anti-sacrificial?



Título del documento: De um ponto de vista filosófico, poderá o budismo ser uma ciencia anti-sacrificial?
Revue: Aufklarung (Joao Pessoa)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000413792
ISSN: 2318-9428
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade de Lisboa, Lisboa. Portugal
Año:
Periodo: Abr
Volumen: 1
Número: 1
Paginación: 213-244
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés Both on Buddhist tradition and René Girard´s thought ignorance and desire are on the basis of suffering and violence. The Buddhist tradition puts/takes ignorance, that nothing exists in and by itself, avydia as the cause of all sufferings because it generates a chain of desire / aversion that leads us to an imprisonment where we move from desiring an object to another. Girard´s perspective founds violence´s origin on the ignorance of our mimetic desire. The subject ignores that, far from being free, autonomous and differentiated, as the "romantic lie" prays, he only desires and wants by imitating a model. Neither the subject nor the object, which the subject freely thinks to desire, exist free for themselves. While this model prevails, he will react more and more violently to the claims of the subject; and even if the subject overtakes its model, he will greedily seek another and another model, always doomed to deception. If we add to this the proximity of the two antisacrificial perspectives, displayed on the descriptive closeness of the samsara´s wheel and the circular and sacrificial time of a pagan society, we find between Girard and the buddhist tradition enough common points for their mutual understanding
Resumen en portugués Tanto na tradição budista como no pensamento de Girard a ignorância e o desejo estão na base do sofrimento e da violência. A tradição budista coloca a ignorância, de que nada existe em si e por si, avydia, como causa de todos os sofrimentos ao gerar uma cadeia de desejo / aversão que nos leva a uma prisão desejante de objecto em objecto. A perspectiva girardiana coloca na origem da violência a ignorância do nosso desejo mimético. O sujeito ignora que, longe de ser livre, autónomo e diferenciado como lhe reza a “mentira romântica”, só deseja e quer por imitação de um modelo. Nem o sujeito existe livre por si, nem o objecto que julga livremente desejar. Enquanto este modelo vigorar, reagirá mais e mais violentamente às pretensões do sujeito; e mesmo que o sujeito ultrapasse seu modelo, buscará sofregamente outro e outro modelo, sempre condenada a uma insatisfação. Se a isto juntarmos a proximidade anti­sacrificial das duas perspectivas, patente na proximidade descritiva da roda do samsara e do tempo circular e sacrificial duma sociedade pagã, encontramos entre Girard e a tradição budista suficientes pontos comuns para um entendimento
Disciplinas: Filosofía
Palabras clave: Etica,
Metafísica,
Doctrinas y corrientes filosóficas,
Filosofía de la religión,
Budismo,
Girard, René,
Deseos,
Ignorancia,
Imitación,
Violencia,
Sacrificio
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