Revue: | Anuário Antropológico |
Base de datos: | |
Número de sistema: | 000549743 |
ISSN: | 2357-738X |
Autores: | Teixeira, Carla C. Moura, Luís Cláudio Davison, Anna |
Año: | 2011 |
Volumen: | 36 |
Número: | 2 |
Paginación: | 55-81 |
País: | Brasil |
Idioma: | Portugués |
Resumen en portugués | Este artigo apresenta uma análise dos usos e das percepções da água em Granjeiro (CE), localidade que conta com uma interessante pluralidade de ofertas de águas. Tal pluralidade permitiu que os granjeirences formulassem estratégias diversificadas para a sua utilização, dependendo da fonte, da localidade no município e da estação do ano, ou ainda das experiências sensoriais advindas do manejo das águas e que levavam à atribuição de adjetivos para cada tipo de água e findaram por determinar seus usos. Estas variáveis sensoriais, no entanto, não são reconhecidas pelo serviço técnico de saneamento do estado, o que gerou desentendimentos. Para dar conta do descompasso entre moradores e responsáveis técnicos pelas águas, este artigo lança mão de uma perspectiva fenomenológica que permite perceber como a proximidade com o manejo cotidiano das águas ou o distanciamento dele define o tipo de verdade acionada pelos diferentes atores, já que torna possível compreender as práticas sociais em seu poder de constituição de sentidos, que se processa no ir e vir entre ações no mundo, percepções do mundo e verificação de conhecimentos sobre o mundo. Viver em Granjeiro e lidar com as diferentes águas produziram, esta é a nossa aposta interpretativa, antecipações próprias sobre suas qualidades e usos apropriados. |
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