Driblando o desmonte: um experimento etnográfico com agentes populares de saúde frente à pandemia de covid-19



Título del documento: Driblando o desmonte: um experimento etnográfico com agentes populares de saúde frente à pandemia de covid-19
Revue: Anuário Antropológico
Base de datos:
Número de sistema: 000549234
ISSN: 2357-738X
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná. Brasil
Año:
Volumen: 47
Número: 2
Paginación: 132-150
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Resumen en inglés Due to the absence of a national policy against covid-19 pandemic, popular solidarity campaigns were articulated in Brazilian peripheries, based on networks that have long articulated forms of care and through a way of life that merges conviviality and consubstantiality. These campaigns understand life and survival as inseparable: to stay alive, in this context, is to eat well, to take care of your health, to take care of yourself and others and to live in the struggle in community – dribbling the confinement to the precarity that the dismantle of the Unified Health System (SUS) produces. Based on the history and the experience of popular health agents of a solidarity campaign, I propose to recognize a link between conviviality, consubstantiality and the playing with state legibility through care, based on what activists claim as popular health. As the research was carried out with activists involved in different national territories around the campaign and in different organizational instances, the method found to make it intelligible to the reader was an ethnographic experimentation, creating a family composed by the many families and the many activists with whom I spoke throughout 2020 and 2021.
Resumen en portugués Frente à ausência de uma política nacional de combate à pandemia de covid-19 foram sendo articuladas, nas periferias brasileiras, campanhas de solidariedade popular, a partir de redes que desde há muito combinam formas de cuidado e por meio de um modo de vida baseado na convivialidade e na consubstancialidade. Essas campanhas entendem a vida e a sobrevivência como indissociáveis: manter-se vivo, nessa conjuntura, é se alimentar bem, cuidar da saúde, cuidar de si e do outro e viver na luta em comunidade – driblando o confinamento à precariedade que o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) produz. A partir da história e da experiência dos agentes populares de saúde de uma campanha de solidariedade, proponho reconhecer um vínculo entre convivialidade, consubstancialidade e a brincadeira com a legibilidade estatal por meio do cuidado, a partir do que os militantes reivindicam como saúde popular. Como a pesquisa se deu com ativistas envolvidos em distintos territórios nacionais em torno da campanha e em distintas instâncias organizativas, o método encontrado para torná-la inteligível à leitora foi uma experimentação etnográfica criando uma família composta pelas muitas famílias e pelos muitos ativistas com os quais conversei ao longo de 2020 e 2021.
Disciplinas: Sociología,
Medicina
Palabras clave: Problemas sociales,
Salud pública
Keyword: ethnography,
covid-19,
popular health,
consubstantiality,
conviviality,
care,
periphery
Texte intégral: Texto completo (Ver PDF)