Revue: | Anuário Antropológico |
Base de datos: | |
Número de sistema: | 000549742 |
ISSN: | 2357-738X |
Autores: | Zhouri, Andréa Oliveira, Raquel Laschefski, Klemens |
Año: | 2011 |
Volumen: | 36 |
Número: | 2 |
Paginación: | 23-53 |
País: | Brasil |
Idioma: | Portugués |
Resumen en portugués | As formas contemporâneas de inserção do país na economia-mundo resultam muitas vezes em processos conflitivos envolvendo parcelas das populações locais, do Estado e dos agentes empresariais cujos investimentos se baseiam na exploração intensiva de recursos naturais. No Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, os conflitos se multiplicam tendo por objeto a gestão das águas. Na literatura especializada, os conflitos sobre a água estão associados à s condições distributivas, à desigualdade social e ao descompasso entre diferentes representações culturais. Nesse horizonte, este artigo examina, em particular, o conflito e os desafios vivenciados pelas comunidades ribeirinhas residentes a jusante da barragem de Irapé no que se refere à s alterações provocadas em seu modo de vida a partir da instalação da usina no rio Jequitinhonha. Através da experiência como pesquisadores e assessores junto a essas comunidades, o texto discute as controvérsias sóciotécnicas e normativas envolvidas na naturalização da água como mercadoria, destacando seus efeitos na produção de um estado de insegurança e vulnerabilidade imposto à população local. |
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