Mulheres no feminino: o poder tradicional como espaço de empoderamento das mulheres africanas



Document title: Mulheres no feminino: o poder tradicional como espaço de empoderamento das mulheres africanas
Journal: Revista Odeere
Database:
System number: 000532520
ISSN: 2525-4715
Authors: 1
2
3
Institutions: 1Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira,
2Universidade Federal do Pará,
3Universidade Federal de Pelotas,
Year:
Volumen: 7
Number: 1
Pages: 62-75
Country: Brasil
Language: Portugués
English abstract One of the forms of African-female power manifests itself in a marked way in the field of spirituality, both in the visible world, that is, of the living, and in the invisible world, that of the dead. This article is part of an ongoing research on the power exercised by African women and that are rarely considered or made visible as forms of power, contrary to a vast literature in which women, for the most part, are considered submissive. The interest falls on practices of becoming djambakus, Balobêru, nganga, Mutombe or tchimbanda in two realities, the Guinean and the Angolan. The richness of the reports of the experiences of a Guinean woman, resident of Ziguinchor, Senegal, with a focus on ancestral traditions to transmit and explain the sacred through oral history, reinforce the analysis of the conception of the place of these women in the exercise of hidden power. The work is theoretical-qualitative: literature review, interviews and oral history. The resource of orality dialogues with the scarcity of written documents on healers, djambacus, Balobêru and nganga who are dedicated to healing. A djambakus who transits between Guinea-Bissau and Senegal was interviewed. The results point to the power of women in the sacred practice of healing through the encounter of popular knowledge, traditional African knowledge, ancestors and the well-being of their communities or tabancas.
Portuguese abstract Uma das formas do poder feminino-africano se manifesta de forma acentuada no campo da espiritualidade, tanto no mundo visível, ou seja, dos vivos, quanto no mundo invisível, o dos mortos. Este artigo faz parte de uma pesquisa em andamento, sobre o poder exercido pelas mulheres africanas e que raras vezes são consideradas ou visibilizadas como formas de poder na contramão de uma vasta literatura em que as mulheres, na sua maioria, são consideradas submissas. O interesse recai sobre práticas de tornar-se djambakus, Balobêru,  nganga, Mutombe ou tchimbanda em duas realidades, a guineense e a angolana. A riqueza dos relatos das experiências de uma guineense, moradora de Ziguinchor, Senegal, com foco nas tradições ancestrais para transmitir e explicar o sagrado por intermédio da história oral, reforçam a análise da concepção do lugar destas mulheres no exercício do poder ocultado. O trabalho é de caráter teórico-qualitativo: revisão de literatura, entrevistas e história oral. O recurso da oralidade dialoga com a condição de escassez de documentos  escritos  sobre curandeiras, djambacus, Balobêru e nganga que se dedicam a curar. Foi entrevistada uma djambakus que transita entre Guiné-Bissau e Senegal. Os resultados apontam para a potência de mulheres na prática sagrada de cura pelo encontro de conhecimentos populares, saberes africanos tradicionais, ancestrais e do bem-estar de suas comunidades ou tabancas.
Spanish abstract Una de las formas del poder afrofemenino se manifiesta de manera marcada en el campo de la espiritualidad, tanto en el mundo visible, es decir, de los vivos, como en el mundo invisible, el de los muertos. Este artículo es parte de una investigación en curso sobre el poder que ejercen las mujeres africanas y que rara vez son considerados o visibilizados como formas de poder, contrariamente a una vasta literatura en la que las mujeres, en su mayoría, son consideradas sumisas. El interés recae en prácticas de devenir djambakus, balobêru, nganga, mutombe o tchimbanda en dos realidades, la guineana y la angoleña. La riqueza de los relatos de las vivencias de una mujer guineana, residente de Ziguinchor, Senegal, con foco en las tradiciones ancestrales para transmitir y explicar lo sagrado a través de la historia oral, refuerzan el análisis de la concepción del lugar de estas mujeres en el ejercicio del poder oculto. El trabajo es teórico-cualitativo: revisión de literatura, entrevistas e historia oral. El recurso de la oralidad dialoga con la escasez de documentos escritos sobre curanderos, djambacus, balobêru y nganga que se dedican a la curación. Se entrevistó a un djambakus que transita entre Guinea-Bissau y Senegal. Los resultados apuntan al poder de las mujeres en la práctica sagrada de curar a través del encuentro de saberes populares, saberes tradicionales africanos, ancestros y el bienestar de sus comunidades o tabancas.
Keyword: Mujeres Djambaku,
Balobêru,
Nganga,
Poder tradicional,
Prácticas curativas,
Guinea-Bissau,
Angola
Keyword: Djambaku women,
Balobêru,
Nganga,
Traditional power,
Healing practices,
Guinea-Bissau,
Angola
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