O controle penal dos excedentes: as funções simbólicas do direito penal e a eficácia invertida quanto seus objetivos declarados



Document title: O controle penal dos excedentes: as funções simbólicas do direito penal e a eficácia invertida quanto seus objetivos declarados
Journal: Revista Facultad de Derecho y Ciencias Políticas
Database: CLASE
System number: 000365065
ISSN: 0120-3886
Authors: 1
Institutions: 1Universidade do Vale do Itajai, Itajai, Santa Catarina. Brasil
Year:
Season: Ene-Jun
Volumen: 41
Number: 114
Pages: 77-129
Country: Colombia
Language: Portugués
Document type: Artículo
Approach: Analítico, descriptivo
Spanish abstract Este artículo se propone hacer un análisis de los fines no declarados por el derecho penal y de la pena misma en el Estado contemporáneo. Se aborda una selección del sistema penal, observando que la pena ejerce meramente funciones simbólicas de manifestación del poder, ya que solamente a ella son sometidos los inocentes del sistema, particularmente aquellos pertenecientes a los estratos sociales más bajos. La finalidad de tal operacionalización selectiva, no obstante no declarada, se manifiesta solamente para el mantenimiento de ese poder, por lo cual se puede concluir sobre la enorme dificultad de si teorizar una función socialmente útil para un sistema penal. El aporte teórico se fundamenta en la criminología crítica basado en el paradigma de la reacción social y en contraposición al paradigma etiológico, ampliamente difundido y aceptado hasta la década de 1960. El paradigma de la reacción social niega los principios esenciales que sustentaban la criminología tradicional, entre los cuales se encuentran el principio del fin y el de la prevención. Para la criminología crítica, este último principio, en vez de ejercer un efecto reeducativo sobre el delincuente, determina la consolidación de una verdadera carrera criminal (enfoque de etiquetas), convirtiendo así al sistema penal en un poderoso reproductor de crímenes. Igualmente, se abordan las funciones simbólicas de la pena privativa de la libertad y su eficacia invertida en cuanto a sus objetivos declarados; son simbólicas porque la instrumentalización de la ejecución penal, en las condiciones en las que ocurre, no puede ser eficaz (o no está hecha para serlo), solamente puede suscitar la apariencia de funcionalidad y eficacia en cuanto a un proyecto propuesto. Finalmente, el artículo se pregunta por la legitimidad de la ideología del tratamiento (re)socializador, ..
English abstract This article aims to analyze the non-declared criminal law goals and the penalty in the contemporary State. It addresses a selectivity of the criminal justice system, noting that the penalty has purely symbolic functions of manifestation of power, because only are submitted to it the innocents of the system, especially those belonging to lower social strata. The purpose of this selective operation, although unreported, manifests itself solely for the maintenance of that power, through which it can be concluded about the enormous difficulty of whether theorizing on a socially useful function for the criminal justice system. The theoretical contribution is rooted on the Critical Criminology based on the paradigm of social reaction and in contrast to the etiological paradigm, widely used and accepted until the 1960s. The paradigm of social reaction denies the basic principles that supported the traditional criminology, among which can be found the principle of order and the principle of prevention. For critical criminology, the prevention principle, rather than having an effect on the re-educated delinquent, determines the consolidation of a proper criminal career (labeling approach), turning the penalty into a powerful crime reproducer. The article also addresses the symbolic functions of deprivation of liberty and its inverted effectiveness as for its stated objectives. They are, we say, symbolic because the manipulation of criminal enforcement, in the way in which it presents itself, cannot be effective (or is not meant to be), but only can it raise the appearance of functionality and effectiveness in relation to a determined project. Finally, the paper worries about the legitimacy of the ideology of the (re) socialization treatment because it distorts itself as planning (should be) of a “being who is still not” in order to become a “never will be that” being, since it doesn’t seem possible to happen
Portuguese abstract O presente artigo tem por objetivo a análise dos fins não declarados do Direito Penal e da pena no Estado Contemporâneo. Aborda-se aqui a seletividade do sistema penal, percebendo-se que a pena exerce função meramente simbólica de manifestação do poder, pois somente são a ela submetidos os alvos do sistema, notadamente aqueles pertencentes aos mais baixos extratos sociais. A finalidade dessa operacionalização seletiva, embora não declarada, manifesta-se tão somente para a manutenção desse poder, por meio do qual é possível concluir acerca da enorme dificuldade de se teorizar uma função socialmente útil para o sistema penal. O aporte teórico é fundamentado a partir da Criminologia Crítica, baseado no paradigma da reação social e em contraposição ao paradigma etiológico, amplamente difundido e aceito até a década de 1960. O paradigma da reação social nega princípios essenciais que davam sustentação à criminologia tradicional, dentre eles, o princípio do fim e da prevenção. Para a criminologia crítica, o princípio da prevenção, ao invés de exercer um efeito reeducativo sobre o delinquente, determina a consolidação de uma verdadeira e própria carreira criminal (labeling approach), consolidando-se a pena, em um poderoso reprodutor da criminalidade. Abordam-se as funções simbólicas da pena privativa de liberdade e a sua eficácia invertida quanto a seus objetivos declarados. Simbólicas porque a instrumentalização da execução penal, nas condições que se apresenta, não pode ser eficaz (ou não é feito para sê-lo), mas apenas para suscitar a aparência de funcionalidade e eficácia quanto ao projeto proposto. Questiona-se, assim, a legitimidade da ideologia do tratamento (re) socializador, porque se desvirtua como planificação (deve ser) de um “ser que ainda não é” para converter-se em um “ser que jamais será”, pois não se mostra possível de realização
Disciplines: Derecho
Keyword: Derecho penal,
Brasil,
Control penal,
Funciones,
Eficacia,
Legitimidad,
Penas
Full text: Texto completo (Ver PDF)