Dos gritinhos da bebe ao canto do fort-da (psicanalise e musica 2)



Document title: Dos gritinhos da bebe ao canto do fort-da (psicanalise e musica 2)
Journal: Estudos de psicanalise
Database: CLASE
System number: 000373298
ISSN: 0100-3437
Authors: 1
Institutions: 1Circulo Brasileiro de Psicanalise, Rio de Janeiro. Brasil
Year:
Season: Jul
Number: 39
Pages: 15-28
Country: Brasil
Language: Portugués
Document type: Artículo
Approach: Analítico
English abstract The polemic over which came first: words or music. This inquiry is retaken through observing a three and a half months old baby, and the change of her baby screams into pleasurable cries, used to exercise a cadence of vowels and accents joined with body movements. Transformation inferred as the course from mere sound to a human voice, not anymore as a mere expression of physical necessity but of desire and its surplus begotten by the instinct (trieb). Freud’s narrative about the one and a half year boy and his Fort-da game, this expression not merely being uttered but sang and an illustration how this vocal cadence is slashed through a rough consonantal sound. This slash interpreted as an expression of the compulsion to repeat and of the death instinct. The game and song as an example of sublimation anchored in sadism and polymorph perversion. Baby cries and Fort-da game invocative of a symbolical anchored through a musical significant, that later unfolds into poetical and prosodic faces. That founds a symbolical established upon an assertion (behajung) which occurs at a prime instant just before the advent of the divided subject, before verbal negative and repression. That phenomenon causes music as melody to be condensed, and to have a ‘hundred times more energy than word itself (Rousseau)’. Harmony is interpreted as an outcome of repression. Rhythm seen as the taming of Thanatos through Eros, making all music a benign source of compulsion to repeat. Music is a phenomenon that unifies mind and body
Portuguese abstract A polêmica do que teria vindo primeiro: música ou palavra. Retomada da questão a partir da observação de um bebê de três meses e meio e da transformação de seu choro em gritinhos prazerosos, por meio dos quais era exercida uma modulação de vogais e acentos associados a movimentos de todo corpo. A mudança do choro em gritinhos interpretada como passagem do som em voz humana, não mais uma expressão predominante de necessidade, mas de desejo, com o excedente que traz a pulsão. A narrativa de Freud sobre o menino de um ano e meio e sua brincadeira do Fort-da, na medida em que a sequência de vogais é talhada por um som consonantal duro e que a expressão não era simplesmente dita, mas cantada. O surgimento desse talhe como expressão da repetição e da pulsão de morte. A brincadeira e o canto como sublimação ancorada no sadismo e na perversão polimorfa infantil. Os gritinhos e o Fort-da como invocação do simbólico, ancorado em um significante de origem musical, que se desdobra posteriormente em uma face de poesia e outra de prosa. Fundador de um simbólico instaurado por uma afirmação (behajung) ocorrida em um momento primeiro de introdução ao simbólico, antes do aparecimento do sujeito barrado, anterior à negativa verbal e ao recalque. Fenômeno que produz a condensação fornecedora da melodia à música e que a faz ter “cem vezes mais energia que a própria palavra” (Rousseau). A harmonia interpretada já como fruto do recalque. O ritmo como domesticação de Tanatos por Eros, tornando toda música uma fonte benfazeja de compulsão à repetição. A música como fenômeno que une corpo e mente
Disciplines: Psicología,
Arte
Keyword: Psicoanálisis,
Música,
Ausencia materna,
Compulsión a la repetición,
Pulsión de muerte,
Sublimación,
Sujeto prohibido,
Canto,
Bebés,
Gritos
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