Passos em falso da razão antiimperialista: Bourdieu, Wacquant, e o Orfeu e o Poder de Hanchard



Título del documento: Passos em falso da razão antiimperialista: Bourdieu, Wacquant, e o Orfeu e o Poder de Hanchard
Revista: Estudos afro-asiaticos
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000275067
ISSN: 0101-546X
Autores:
Año:
Volumen: 24
Número: 1
Paginación: 97-140
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés Are the Afro-American Studies - as called and practiced in the USA - an instrument of the cultural imperialism? Is it possible to consider race discussion, racial inequality or repression in other societies as a "brutal ethnocentric interference" when undertaken by North-Americans? The present article deeply analyses the mistaken characterization of Bourdieu and Wacquant about the present dialogue between United States and Brazil, related to the African diaspore in the New World. Besides, it points out their main missteps and misjudges. It also offers a critique of the schematic mode of intellectual circulation that those authors showed in their article "On the Cunning of Imperialist Reason". After demonstrating their strongly mistaken representation of Michael Hanchard's Orpheus and Power, the present article finishes with a discussion concerning the recent boom of academic publications, written either by Brazilians or North-Americans on race, color and nation in Brazil towards a diasporic perspective
Resumen en portugués Os estudos afro-americanos, assim chamados e praticados nos Estados Unidos, são um instrumento de imperialismo cultural? Discussões de raça, desigualdade ou opressão racial em outras sociedades, quando conduzidas por norte-americanos, devem ser vistas como "brutais intrusões etnocêntricas"? Estas estão entre as teses centrais de uma vigorosa polêmica de dois sociólogos franceses, Pierre Bourdieu e Loïc Wacquant em um artigo de 1999 intitulado "Sobre as Artimanhas da Razão Imperialista". Como prova, Bourdieu e Wacquant chamam a atenção para o recente diálogo acadêmico transnacional sobre a questão racial no Brasil e denunciam a "imposição" de uma "tradição americana", "modelo" e "dicotomia" racial no Brasil. Em particular, eles atacam como um "veneno etnocêntrico" uma monografia de 1994, escrita por Michael Hanchard, sobre os movimentos brasileiros de consciência negra, Orfeu e o Poder: O Movimento Negro do Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil, 1945-1988. O presente artigo disseca a caracterização errônea de Bourdieu e Wacquant do atual diálogo entre Estados Unidos e Brasil a respeito da diáspora africana no Novo Mundo. Ele identifica seus principais passos em falso e erros de julgamento e oferece uma crítica do modelo esquemático de circulação intelectual que os autores propõem no artigo. Depois de demonstrar a sua representação radicalmente equivocada do Orfeu e o Poder de Michael Hanchard, o presente artigo termina com uma discussão a respeito do recente boom de publicações acadêmicas, escritas tanto por brasileiros quanto por norte-americanos, que abordam questões de raça, cor e nação no Brasil a partir de uma perspectiva da diáspora
Disciplinas: Demografía
Palabras clave: Sociología de la población,
Brasil,
Estados Unidos de América,
Relaciones raciales,
Raza,
Bourdieu, Pierre,
Wacquant, Loic,
Hanchard, Michael,
Estudios raciales,
Antiimperialismo,
Desigualdad racial
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