Hume e a inatividade da razão



Document title: Hume e a inatividade da razão
Journal: Controversia (Sao Leopoldo)
Database: CLASE
System number: 000408937
ISSN: 1808-5253
Authors: 1
Institutions: 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil
Year:
Season: Sep-Dic
Volumen: 7
Number: 3
Pages: 18-30
Country: Brasil
Language: Portugués
Document type: Artículo
Approach: Analítico
English abstract In addition to his renowned skepticism about theoretical or speculative reason, it is uncontroversial that Hume also maintains some sort of limitation to rationality in its practical aspects. Several of Hume’s readers consider that this limitation to practical reason can be expressed by the claim that reason alone cannot produce action. I will call this principle the Thesis about the Inactivity of Reason (TIR). Now, although this motivational limitation to reason can be identified, I will argue that there is an ambiguity in the formulation of TIR that allows a possible double interpretation of Hume’s intentions. This ambiguity derives from the claim that reason exerts some influence in the production of actions through an offspring of reasoning, namely, motivational beliefs. Therefore, we might question whether the restrictive expression “alone”, applied to reason, means only, in a weak reading, that (TIR*) beliefs cannot directly produce action – without the mediation or assistance of another different perception – or, also, in a strong reading, that (TIR**) beliefs cannot produce actions indirectly – with the necessary mediation of another different perception, a motivational passion produced by some belief, but without the participation of that passion in determining the end of that action. I try here to defend the strong interpretation according to which Hume also denied the view that reason could, by itself, make passions follow their “obligations”. In support of this, I will basically show that for Hume passions are the only “active” perceptions because they alone are naturally normative from a practical point of view
Portuguese abstract Além de seu célebre ceticismo em relação à razão teórica ou especulativa, é incontroverso que Hume defende também algum tipo de restrição à racionalidade em sua dimensão prática. Vários autores consideram que essa restrição prática à razão é expressa pela tese de que a razão sozinha não pode produzir ações. Chamarei esse princípio de Tese da Inatividade da Razão (TIR). Agora, ainda que se possa identificar tal restrição motivacional à razão, defenderei que há uma ambiguidade nessa formulação de TIR que remete a uma possível dupla interpretação das intenções de Hume. Essa ambiguidade deriva-se da afirmação de que a razão exerce algum tipo de influência na produção de ações, por meio do fruto de um raciocínio, a saber, as crenças motivacionais. Assim, poderíamos questionar se a expressão restritiva “sozinha”, aplicada à razão, significa, apenas, em uma interpretação fraca, que (TIR*) crenças não podem produzir ações diretamente – sem a mediação ou auxílio de outra percepção distinta – ou, também, em uma interpretação forte, que (TIR**) crenças não podem produzir ações indiretamente – com a mediação necessária de outra percepção distinta, uma paixão motivacional produzida pela crença, mas sem a participação dessa paixão na determinação do fim da ação. Tentarei aqui defender a interpretação forte segundo a qual Hume recusa igualmente a opinião de que a razão poderia, por si só, determinar as paixões a seguir suas “imposições”. Em suporte a esta interpretação, mostrarei, basicamente, que, para Hume, apenas as paixões são “ativas”, pois apenas elas são percepções naturalmente normativas de um ponto de vista prático
Disciplines: Filosofía
Keyword: Etica,
Gnoseología,
Doctrinas y corrientes filosóficas,
Epistemología,
Psicología moral,
Metaética,
Filosofía de la mente,
Hume, David,
Razón,
Pasión,
Motivación moral,
Inactividad
Full text: Texto completo (Ver PDF)