O pensamento disruptivo do cuidado



Document title: O pensamento disruptivo do cuidado
Journal: Anuário Antropológico
Database:
System number: 000549180
ISSN: 2357-738X
Authors: 1
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4
5
Institutions: 1University of Warwick, Coventry, West Midlands. Reino Unido
2Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Antropologia, Natal, Rio Grande do Norte. Brasil
3Universidade de Brasília, Coletivo de Antropologia e Saúde Coletiva, Brasília, Distrito Federal. Brasil
4Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, São Luís, Maranhão. Brasil
5Rice University, Houston, Texas. Estados Unidos de América
Year:
Volumen: 48
Number: 1
Pages: 108-133
Country: Brasil
Language: Portugués
Document type: Artículo
English abstract Cuidado, cuidando, cuidadora. Palavras carregadas, contestadas. Ainda assim, tão comuns na vida cotidiana, é como se o cuidado fosse natural, para além de alguma expertise ou conhecimento particular. A maioria de nós precisa do cuidado, sente o cuidado, é cuidada ou encontra o cuidado em uma ou outra forma. O cuidado é onipresente, inclusive através dos efeitos da sua ausência. Como um sentimento de falta que emana dos efeitos da negligência, ele passa dentro, através, por todas as coisas. Sua falta desfaz, permite que se desemaranhe. Cuidar pode nos fazer sentir bem; também pode nos fazer sentir péssimas. O cuidado pode fazer o bem; também pode oprimir. Seu caráter essencial para os seres humanos e os inúmeros seres vivos faz com que todas sejam suscetíveis a ceder a esse controle. Mas o que é o cuidado? É um afeto? Uma obrigação moral? Trabalho? Um fardo? Uma alegria? Algo que podemos aprender ou praticar? Algo que simplesmente fazemos? Cuidado significa todas essas coisas e coisas diferentes para pessoas diferentes, em situações diferentes. Assim, embora as formas de cuidado possam ser identificadas, pesquisadas e compreendidas concreta e empiricamente, o cuidado permanece ambivalente em seu significado e ontologia.
Portuguese abstract Cuidado, cuidando, cuidadora. Palavras carregadas, contestadas. Ainda assim, tão comuns na vida cotidiana, é como se o cuidado fosse natural, para além de alguma expertise ou conhecimento particular. A maioria de nós precisa do cuidado, sente o cuidado, é cuidada ou encontra o cuidado em uma ou outra forma. O cuidado é onipresente, inclusive através dos efeitos da sua ausência. Como um sentimento de falta que emana dos efeitos da negligência, ele passa dentro, através, por todas as coisas. Sua falta desfaz, permite que se desemaranhe. Cuidar pode nos fazer sentir bem; também pode nos fazer sentir péssimas. O cuidado pode fazer o bem; também pode oprimir. Seu caráter essencial para os seres humanos e os inúmeros seres vivos faz com que todas sejam suscetíveis a ceder a esse controle. Mas o que é o cuidado? É um afeto? Uma obrigação moral? Trabalho? Um fardo? Uma alegria? Algo que podemos aprender ou praticar? Algo que simplesmente fazemos? Cuidado significa todas essas coisas e coisas diferentes para pessoas diferentes, em situações diferentes. Assim, embora as formas de cuidado possam ser identificadas, pesquisadas e compreendidas concreta e empiricamente, o cuidado permanece ambivalente em seu significado e ontologia.
Keyword: Maria Puig de la Bellacasa×,
Anthropology of Care,
Science and Technology Studies
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