As origens do romance-folhetim: do espaço textual ao recorte de uma obra de ficção



Título del documento: As origens do romance-folhetim: do espaço textual ao recorte de uma obra de ficção
Revista: Alea: estudos neolatinos
Base de datos:
Número de sistema: 000566758
ISSN: 1517-106X
Autores: 1
Instituciones: 1Université de Versailles- Saint-Quentin-en-Yvelines, Versalhes, Ile de France. Francia
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 20
Número: 3
Paginación: 17-36
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en portugués Este artigo explora as mudanças ocorridas na literatura francesa no século XIX a partir da criação do folhetim enquanto espaço textual dedicado à crítica, situado no rodapé dos jornais, até a criação de um novo gênero literário: o romance-folhetim. Este novo modo de conceber a ficção, ritmado pela publicação cotidiana dos jornais, contribuiu para a expansão do público leitor e do mercado editorial, promovendo, assim, a popularização da literatura. Por outro lado, suscitou reações da crítica que, não admitindo a relação entre a literatura e o dinheiro, preferiu desqualificá-la, tachando-a de “literatura industrial”. Analisam-se aqui dois exemplos da época que denunciaram esse novo tipo de produção literária: um panfleto e um romance que atacam Alexandre Dumas e Honoré de Balzac. O artigo destaca igualmente que diferentes suportes, ritmos de publicação, formatos e preços são fatores determinantes para a recepção de uma obra.
Resumen en inglés This article explores the changes that occurred in French literature in the 19th century, from the creation of the feuilleton as a textual space dedicated to criticism, located in the footer of newspapers, until the invention of a new literary genre: the serial. This new way of conceiving fiction, mensurable by the daily publication of newspapers, contributed to the expansion of readership and the publishing market, thus promoting the popularization of literature. On the other hand, it provoked reactions from critics who, not admitting the link between literature and money, preferred to dismiss the serial as “industrial literature”. Here we analyze two 19th-century examples that denounced this new type of literary production: a pamphlet and a novel that attacked Alexandre Dumas and Honoré de Balzac. The article also emphasizes that different material forms, publication frequency, formats and prices are determining factors for the reception of a work.
Otro resumen Résumé Cet article discute les changements survenus dans la littérature française du XIXe siècle à partir de l’usage d’un espace textuel situé au “rez-de-chaussée” de la page des journaux, consacré aux articles de critique, et qui accueillit un nouveau genre littéraire: le roman-feuilleton. Ce nouveau mode de concevoir la fiction, rythmé par la publication quotidienne des journaux, contribua à l’accroissement du lectorat et du monde de l’édition, et par tant à la popularisation de la littérature. Par ailleurs, ce genre entraîna des réactions contraires de la critique qui lui colla l’étiquette de “littérature industrielle”. Deux textes de cette époque qui dénigrent ce nouveau type de production littéraire sont analysés: un pamphlet et un roman attaquant Alexandre Dumas et Honoré de Balzac. Cet article souligne en outre le fait que les différents supports, rythmes de publication, formats de livre et prix de vente représentent des facteurs qui guident la réception d’une œuvre littéraire.
Keyword: Serial,
Newspapers,
Publication,
Reception,
Text materiality
Texto completo: Texto completo (Ver PDF) Texto completo (Ver HTML)