Diálogos catequéticos coloniais: cena textual versus performance



Título del documento: Diálogos catequéticos coloniais: cena textual versus performance
Revista: Topoi (Rio de Janeiro)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000455108
ISSN: 2237-101X
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitoria da Conquista, Bahia. Brasil
Año:
Periodo: Jul-Dic
Volumen: 17
Número: 33
Paginación: 353-371
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Descriptivo
Resumen en inglés This paper's goal is to demonstrate how rhetorical precepts were applied to catechetical dialogues composed in Portuguese South America. It correlates Jesuit statements about the participation of Native Brazilians in the production of translations into their languages (native speech still rustles in the dialogues) with the pedestrian style of the "dialogue" genre itself. The paper endeavors to show how such correlation produced the effect of "naturalness of savage speech," and also demonstrates the lack of application of artificial composition by the priests of the Society of Jesus. Lastly, we discuss how dialogue writing appropriates native speech only as a means to include in it the sacred truths of the Catholic faith, leaving to Native Brazilians the task of ascribing such truths to themselves through repetition and internalization, as a stunt double of the catechumen in the dialogues, as its perfect reflection. In the catechetical practice, though, such reflection is blurred, as it is impossible for the native to "act" as the mimetic model that represents him in absentia
Resumen en portugués Objetiva-se demonstrar a aplicação de preceitos retóricos quando da composição de diálogos catequéticos no Estado do Brasil, correlacionando-se a enunciação jesuítica sobre a participação de índios na fatura das traduções dos catecismos para as línguas peregrinas do Novo Mundo — o que indiciaria a presença de uma fala índia ainda rumorejante nesses diálogos —, e o estilo pedestre próprio do gênero “diálogo”, com vistas a patentear como essa correlação produz o efeito da “naturalidade da fala selvagem” e, também, o da falta de aplicação de artifício compositivo por parte dos padres da Companhia de Jesus. Discute-se, outrossim, como a “cena” em que dialogam catequista e catecúmeno fixa um modelo para posterior replicação em situações de prática catequética, “cena” essa que, no entanto, era infletida de vários modos pelo hiato entre modelo textual e performance. Por fim, discute-se como a escritura de diálogos, ao se apropriar da fala índia, só o faz para nela inscrever as matérias sacras, as verdades da fé católica, que caberá ao índio, por repetição e interiorização do que repetidamente enuncia, inscrever em si mesmo como duplo do catecúmeno que, nos diálogos, é um seu reflexo perfeito, reflexo que, no entanto, se embacia quando da prática catequética pela impossibilidade de o índio “atuar” como o modelo mimético que o representa à sua revelia
Disciplinas: Historia
Palabras clave: Historia social,
Retórica,
Retórica epidíctica,
Catequización,
Diálogos,
Aristóteles,
Poética,
Jesuitas,
Brasil
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