Sustentabilidade nas sociedades indígenas brasileiras



Título del documento: Sustentabilidade nas sociedades indígenas brasileiras
Revista: Tellus (Campo Grande)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000336624
ISSN: 1519-9452
Autores:
Año:
Periodo: Abr-Oct
Volumen: 5
Número: 8-9
Paginación: 11-28
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés The text in hand seeks to contribute to amplifying the debate on the process of the construction of sustainability within indigenous societies in Brazil. It handles a study based on long field experience and daily living with indigenous populations and the challenge faced by them when faced with government projects of intervention. Initially, the aim is to deepen the meaning of the concept of “sustainability” from the point of view of the indigenous people, emphasizing the great difference between the systems of barter of western capitalist societies and indigenous societies: for the former, the goods themselves are important, have first place in the relationship; for the latter, on the contrary, the goods are only a pretext and what is important is the other person. In the capitalist exchange system, the goods constitute merchandise, something with a life of its own, independently of the relationship of exchange between the parties. But there is still another side to sustainability for indigenous societies and that is in respect of the horizon which is, or could be, sustainable strictly in sociological terms and not only ecological. The bottom line placed here, in this case, would be how to incorporate the indigenous point of view as to sustainable in projects or public strategies. It is seen however, that the interaction between indigenous societies and the regional economy, what prevails is the unilaterality of the relationship with the market: it is this which imposes on indigenous societies what to transact. The second part of the text handles the ambiguities of the government projects, questioning if what is good for us is good for the indigenous people. In the last part of the text, as an “Appendix”, the experience of the author is presented along with that of the IWC–Indigenous Work Centre, between the Terena of Cachoeirinha and Miranda
Resumen en portugués O presente texto busca contribuir para a ampliação do debate sobre o processo de construção da sustentabilidade entre as sociedades indígenas no Brasil. Trata-se de um estudo com base em longa experiência de campo e convivência com populações indígenas e o desafio enfrentado por elas ante os projetos governamentais de intervenção. Inicialmente procura aprofundar o sentido do conceito “sustentabilidade” a partir do ponto de vista dos próprios indígenas, destacando a grande diferença entre os sistemas de trocas das sociedades capitalistas ocidentais e as sociedades indígenas: para as primeiras, o móvel em si é o que importa, tem a primazia na relação; para estas, ao contrário, o móvel é apenas um pretexto e o que importa é o outro. No sistema de trocas capitalista, o móvel é uma “mercadoria”, algo com vida própria, independentemente da relação de troca entre sujeitos. Mas há ainda um outro lado da sustentabilidade para as sociedades indígenas e que diz respeito ao horizonte do que é, ou pode ser, sustentável em termos estritamente sociológicos e não somente ecológicos. A questão de fundo que se coloca, nesse caso, seria a de como incorporar o ponto de vista indígena sobre o sustentável em projetos ou políticas públicas. Constata-se, por outro lado, que na interação entre as sociedades indígenas e a economia regional o que tem prevalecido é a unilateralidade da relação com o mercado: é este que impõe às sociedades indígenas o quê transacionar. Na segunda parte o texto trata dos equívocos dos projetos governamentais, questionando se o que é bom para nós é para bom para os indígenas. Na parte final do texto, em forma de “Apêndice”, apresentase a experiência do autor e do CTI – Centro de Trabalho Indigenista, entre os Terena de Cachoeirinha e de Miranda
Disciplinas: Antropología
Palabras clave: Etnología y antropología social,
Sustentabilidad,
Indígenas,
Proyectos gubernamentales,
Brasil
Texto completo: Texto completo (Ver HTML)