Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST): Solidariedade e reconstrução da esfera pública (2021-2022)



Título del documento: Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST): Solidariedade e reconstrução da esfera pública (2021-2022)
Revista: Revista Mundos do Trabalho
Base de datos:
Número de sistema: 000597867
ISSN: 1984-9222
Autores: 1
Instituciones: 1FIOCRUZ; FFLCH/Cenedic/USP,
Año:
Volumen: 15
Número: s/n
Paginación: 1-21
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en inglés This article analyzes, based on data from field observations and interviews, the development and role of the Solidarity Kitchens sponsored by the Homeless Workers' Movement (MTST) between 2021 and 2022, a period marked by the return of Brazil to the Hunger Map and by the process of expanding the share of workers living in poverty. From the Solidarity Kitchen in Lapa, in Rio de Janeiro, the development of Solidarity Kitchens in Brazil is analyzed concerning the upheaval process of the public sphere, guided by the reforms in the programs and social policies of the first decade of the 2000s and aggravated by the process of erosion democratic open from the years 2015 and 2016. From the characterization of the Solidarity Kitchens project and its development, we approach ways in which the theme of "hunger" took the public scenario differently from what happened at the beginning in the 2000s and the 1990s, bringing cohesion and reorganization to popular mobilizations. The Solidarity Kitchens, as a project from a social movement, intends to question the ways of combating hunger and poverty that do not alter the organization of social relations through mobilization actions popular guided by social solidarity to rebuild the public sphere as a space for making politics, stimulating inflections for the development of social policies of Food and Nutritional Security and Food Sovereignty.
Resumen en portugués Este artigo analisa, a partir de dados de observação em campo e entrevistas, o desenvolvimento e o papel das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) entre os anos de 2021 e 2022, período marcado pelo retorno do Brasil ao Mapa da Fome e pelo processo de ampliação da parcela de trabalhadores em condição de pobreza. A partir da Cozinha Solidária da Lapa, no Rio de Janeiro, o desenvolvimento das Cozinhas Solidárias é analisado em relação ao processo de arrefecimento da esfera pública, orientado pelas reformas nos programas e políticas sociais da primeira década dos anos 2000 e agravado pelo processo de erosão democrática aberto a partir dos anos de 2015 e 2016. A partir da caracterização do projeto das Cozinhas Solidárias e seu desenvolvimento, espera-se indicar formas pelas quais a temática da fome tomou o cenário público, de modo diferente do que ocorreu no início dos anos 2000 e nos anos de 1990, conferindo coesão a reorganização s mobilizações populares. Nota-se que a articulação das Cozinhas Solidárias, de forma conectada a um projeto de sociedade derivado de um movimento social organizado, intenciona questionar as formas de combate fome e pobreza que não alteram a organização das relações sociais, através de ações de mobilização popular pautada pela solidariedade social com o objetivo de reconstrução da esfera pública como espaço de fazer política, provocando inflexões para o desenvolvimento de políticas sociais de Segurança Alimentar e Nutricional e Soberania Alimentar.
Keyword: Solidarity Kitchens,
Homeless Workers'' Movement,
Food and Nutritional Security
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