Arqueologia colaborativa não é o fim



Título del documento: Arqueologia colaborativa não é o fim
Revista: Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000509971
ISSN: 0103-9709
Autores: 1
2
Instituciones: 1Wenner-Gren Foundation, Nueva York. Estados Unidos de América
2Universidade de Sao Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, Sao Paulo. Brasil
Año:
Número: 34
Paginación: 41-47
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Descriptivo
Resumen en inglés Há mais de um século a arqueologia científica estava presa nas teias do colonialismo. Ao redor do globo, nações extraiam recursos culturais de locais distantes – mais frequentemente em comunidades indígenas – para tecer histórias, construir museus e arrecadar prestígio e poder para acadêmicos e suas instituições. Nos anos 1970, ativistas indígenas e seus aliados começaram a criticar esse modelo e a propor alternativas que empoderavam comunidades locais a controlar seu próprio patrimônio. Uma das ideias mais importantes desse movimento foi a de arqueologia colaborativa, que defende um compartilhamento equiparado do passado entre cientistas e membros das comunidades. A colaboração gerou novas possibilidades radicais para a arqueologia. Entretanto, chegamos a um momento importante, no qual temos que considerar como a colaboração corre o risco de reforçar estruturas de poder colonialistas, quando é praticada como um meio e não como um fim. Colaboração em arqueologia não é uma solução para o colonialismo, mas uma ferramenta que comunidades e acadêmicos podem usar para concretizar a busca da disciplina por um futuro pós-colonial
Resumen en portugués Há mais de um século atrás a arqueologia científica estava presa nas teias do colonialismo. Ao redor do globo, nações extraiam recursos culturais de locais distantes – mais frequentemente em comunidades indígenas – para tecer histórias, construir museus, e arrecadar prestígio e poder para acadêmicos e suas instituições. Nos anos setenta, ativistas indígenas e seus aliados começaram a criticar esse modelo e a propor alternativas que empoderavam comunidades locais para controlar seu próprio patrimônio. Uma das ideias mais importantes desse movimento foi a de arqueologia colaborativa, que defende um compartilhamento equiparado do passado entre cientistas e membros das comunidades. A colaboração gerou novas possibilidades radicais para a arqueologia. Entretanto, chegamos a um momento importante, no qual temos que considerar como a colaboração corre o risco de reforçar estruturas de poder colonialistas, quando é praticada como um meio e não como um fim. Colaboração em arqueologia não é uma solução para o colonialismo, mas uma ferramenta que comunidades e acadêmicos podem usar para concretizar a busca da disciplina por um futuro pós-colonial
Disciplinas: Antropología
Palabras clave: Arqueólogía,
Colaboración,
Igualdad,
Método científico
Texto completo: https://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/163597/164226