Deus há de encontrar o padrão e parti-lo. A presença de Deus como o grande ‘desorganizador’ na arte moderna e contemporânea



Título del documento: Deus há de encontrar o padrão e parti-lo. A presença de Deus como o grande ‘desorganizador’ na arte moderna e contemporânea
Revista: Perspectiva teologica (Belo Horizonte)
Base de datos:
Número de sistema: 000540806
ISSN: 0102-4469
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Católica Portuguesa, Lisboa. Portugal
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 54
Número: 3
Paginación: 627-654
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Resumen en portugués A noção metafísica de Deus como fundamento do ser, sumo princípio de ordem e harmonia, vetor da confluência entre filosofia grega e cristianismo como padrão cultural do Ocidente, entra em crise no século XIX, conjuntamente com a disrupção da ordem social tradicional e da “imagem do mundo” onto-teológica, sob os golpes da ciência e da crítica filosófica. Deus é morto, anuncia o filósofo, e a religião parece dissolver-se inexoravelmente no caminho da secularização. Deus, todavia, não se extingue: regressa poderosamente na figura antimetafísica de um Deus histórico, que se manifesta ao homem na contingência, como princípio de desordem e desajuste, trauma e estranhamento. Vários autores (nomeadamente J. Ashbery, F. Dostoiévski, P. Pasolini, T. Mendonça) são convocados para reconstruir esta imagem de Deus como “o grande desorganizador”, mas também o possível naufrágio deste embate com o transcendente, que implode no ‘silêncio, na não recepção por parte do homem-massa contemporâneo. O fracasso do sagrado, e a sua eventual banalização como recalque e espetacularização, são transcritos como experiência cómica por artistas como F. Kafka, S. Beckett, F. Fellini, J.-L. Godard.
Resumen en inglés The metaphysical notion of God as the foundation of being, and as the supreme principle of order and harmony (which was an aspect that brought together Greek philosophy and Christianity, and set a cultural standard in the Western civilization) underwent a crisis in the 19th century, together with the disruption of the traditional social order and the onto-theological “image of the world” under the blows of science and philosophical criticism. God is dead, announced the philosopher, and religion seemed to inexorably dissolve on the road to secularisation. God, however, was not extinguished: he has returned powerfully in the anti-metaphysical figure of a historical God, who manifests himself to man in contingency, as a principle of disorder and disarray, trauma and estrangement. Various authors (namely J. Ashbery, F. Dostoyevsky, P. Pasolini, T. Mendonça) are called upon to illustrate this image of God as "the great disorganiser", but also the possible fiasco of this clash with the transcendent, which implodes in “silence”, in the non-reception by the contemporary mass-man. The failure of the sacred, and its eventual banalization through repression and spectacularisation, are represented in a comic register by artists such as F. Kafka, S. Beckett, F. Fellini, J.-L. Godard.
Disciplinas: Religión
Palabras clave: Teología
Keyword: Ashbery,
Dostoyevsky,
Mendonça,
Pasolini,
Sacred,
Theology
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