João Guimarães Rosa, “autobiografia irracional” e crítica literária: veredas da oratura



Título del documento: João Guimarães Rosa, “autobiografia irracional” e crítica literária: veredas da oratura
Revista: Letras de hoje
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000434121
ISSN: 0101-3335
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, Santa Catarina. Brasil
Año:
Periodo: Abr-Jun
Volumen: 47
Número: 2
Paginación: 186-193
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés Guimarães Rosa classifies his novel Grande sertão: veredas as an “irrational autobiography” – while this explicit reading protocol falls on deaf ears as far as scholars and critics are concerned. Riobard, its main character, is a poet that makes a Faustian deal in order to prevail over Hermogene (the Saussurian arbitrary sign) and, consequently, to “receive” Otacilia as an award (a literary one: “prêmio esse”, says the hero): the loss of Diadorim (the soul: “deodoron” means “a gift of god”) is the price to pay for his achievements. Meanwhile, Guimarães Rosa declares that he usually writes under a “possession trance state”, postpones four years along his entrance into the Brazilian Academy of Letters, and finally dies mysteriously three days after the ceremony. An enigma or just another poetic puzzle? Why the critics avoid these reading clues? By the means of factual indexes and through a freshly invented way in the world history of literature, the novelist lays the details of his own non-printable autobiography – a text to be actualized under the exclusive shape of oraliture – attempting to transform into a living legend his own life and evade himself from the finite condition of human beings (as well as from the limited nature of printed texts)
Resumen en portugués Guimarães Rosa qualifica seu romance Grande sertão: veredas como uma “autobiografia irracional” – enquanto a crítica literária faz ouvidos moucos a tal explícito protocolo de leitura. O herói Riobaldo é um bardo que conclui um pacto faustiano para derrotar Hermógenes (o signo arbitrário) e receber Otacília (o prêmio literário): o preço é a perda de Diadorim (a alma). Paralelamente, numa esfera próxima à oratura holográfica, Guimarães Rosa afirma escrever em “estado de possessão”, adia a posse na Academia Brasileira de Letras durante quatro anos, morre misteriosamente três dias após a cerimônia. Enigma ou enredo? Por meio de índices factuais e de uma forma inédita na história da literatura universal, o romancista entretece detalhadamente uma autobiografia não tipografável, alheia e avessa à impressão gráfica – um texto em exclusiva forma de oratura –, com o objetivo de transformar em lenda viva sua própria existência e subtrair-se à finita condição dos seres humanos (e à limitada natureza do texto impresso). Neste trabalho, discutimos as relações entre crítica e vanguardas literárias, por um lado, e oratura autobiográfica ficcional em João Guimarães Rosa, pelo viés oposto, no tocante a seu palimpséstico processo de automitificação poética – estranhamente ignorado pelo conjunto da crítica
Disciplinas: Literatura y lingüística
Palabras clave: Literatura y sociedad,
Autobiografía,
Crítica literaria,
Análisis diacrónico,
Guimaraes Rosa, Joao
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