Pode a genética definir quem deve se beneficiar das cotas universitárias e demais ações afirmativas?



Título del documento: Pode a genética definir quem deve se beneficiar das cotas universitárias e demais ações afirmativas?
Revista: Estudos avancados
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000279107
ISSN: 0103-4014
Autores: 1
2
Instituciones: 1Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Bioquimica e Imunologia, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil
2Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Genética, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Abr
Volumen: 18
Número: 50
Paginación: 31-50
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés In this article we used tools of molecular and population genetics to estimate quantitatively the African contribution for the formation of the Brazilian population. We examined two genomic compartments: mitochondrial DNA (mtDNA), maternally inherited, and nuclear DNA, inherited from both parents. The studies using mtDNA showed that about 30% of Brazilians self-classified as White and 80% of Brazilian Negroes carry maternal lineages typical of Sub-Saharan Africa. Using these data we could estimate that at least 89 million Brazilians are afrodescendants, a number considerably larger than the 76 million individuals self-classified as Negro in the 2000 census. The analyses on nuclear polymorphisms employed "ancestry informative" markers and showed even more striking results. On the basis of studies in individuals self-classified as White from several Brazilian regions, we estimated that approximately 146 million Brazilians (86% of the population) had more than 10% African contribution to their genome. These numbers should be taken into account in discussing affirmative action programs in Brazil, but in a descriptive rather than a prescriptive sense
Resumen en portugués Neste trabalho nós usamos o instrumental da genética molecular e da genética de populações para estimar quantitativamente a contribuição africana para a formação do povo brasileiro. Examinamos dois compartimentos genômicos: o DNA mitocondrial, de herança matrilínea, e o DNA nuclear, de herança bi-parental. Os estudos mitocondriais revelaram que aproximadamente 30% dos brasileiros autoclassificados como brancos e 80% dos negros apresentam linhagens maternas características da áfrica subsaariana. A partir destes dados, estimamos que pelo menos 89 milhões de brasileiros são afro-descendentes, um número bem superior aos 76 milhões de pessoas que se declararam negros (pretos e pardos) no censo de 2000 do IBGE. As análises de polimorfismos nucleares com marcadores "informativos de ancestralidade" mostraram resultados mais expressivos ainda. Usando estudos de brasileiros autoclassificados como brancos de várias regiões do Brasil, estimamos que aproximadamente 146 milhões de brasileiros (86% da população) apresentam mais de 10% de contribuição africana em seu genoma. Estes números devem ser levados em conta nas discussões sobre ações afirmativas no Brasil, mas em um sentido descritivo e não prescritivo
Disciplinas: Educación
Palabras clave: Genética,
Educación superior,
Brasil,
Raza,
Africa,
Ingreso,
Cuotas,
Genoma humano,
Marcadores genéticos,
Ancestros
Texto completo: Texto completo (Ver HTML)