O direito de apropriação privada em Locke: um pensamento de transição



Título del documento: O direito de apropriação privada em Locke: um pensamento de transição
Revista: Controversia (Sao Leopoldo)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000410284
ISSN: 1808-5253
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 6
Número: 3
Paginación: 51-67
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés This paper aims at evaluating the attempt of justifying the right of private appropriation undertaken by John Locke in Chapter V of the Second treatise of government. In the initial stage of human sociability, private appropriation is clearly considered by Locke as a natural right, as long as the limits established by reason are respected. Nevertheless, due to the introduction of currency, private appropriation gains a new dimension and requires a new justification. This point is very controversial and gave rise to numerous and conflicting interpretations. This topic exemplifies very well, we believe, the transitional character that characterizes the 18th century and Locke‟s political thought. It carries in itself the traditional Christian values and at the same time points to the new capitalist world and bourgeois values that are regarded, on the one hand, as promising, and, on the other hand, as dangerous and corruptive. On the one hand, Locke advocates equality, collectivity and charity, establishing important limits to property rights. On the other hand, Locke adopts a sort of naturalization of currency, commerce, and wage labor, so that he is even enthusiastic about adopting an almost unlimited property right. Because of this ambiguous character, it is hard to have an interpretation of Locke that does not turn out to be seen as partial or tendentious
Resumen en portugués O artigo pretende avaliar a tentativa de justificação do direito de apropriação privada feita por John Locke no capítulo V do Segundo tratado sobre o governo. No estágio inicial da sociabilidade humana, a apropriação privada é claramente considerada por Locke um direito natural, desde que respeitando os limites impostos pela mesma razão. Mas com a introdução do uso do dinheiro, a apropriação privada assume novas dimensões e necessita de um novo esforço de justificação. O tema é bastante controverso e deu origem a diversas e conflitantes interpretações. Entendemos que esse tema exemplifica bem o caráter transicional que caracteriza o século XVII e o pensamento político de Locke, que carrega em si os valores cristãos tradicionais, mas, ao mesmo tempo, olha para um mundo capitalista nascente e para os valores burgueses como algo por um lado promissor e por outro perigoso e corruptor. Por um lado, Locke é um defensor da igualdade, da coletividade e da caridade, impondo importantes limites ao direito de propriedade. Por outro lado, Locke procede a uma espécie de naturalização do dinheiro, do comércio e do trabalho assalariado, chegando a ver com certo entusiasmo um direito de propriedade praticamente ilimitado. Em razão justamente desse seu caráter ambíguo, é difícil realizar uma leitura de Locke sem que ela seja imediatamente vista como parcial e tendenciosa
Disciplinas: Filosofía
Palabras clave: Etica,
Doctrinas y corrientes filosóficas,
Historia de la filosofía,
Filosofía política,
Locke, John,
Derecho natural,
Apropiación,
Propiedad privada,
Liberalismo político,
Contractualismo
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