Revista: | Anuário Antropológico |
Base de datos: | |
Número de sistema: | 000549556 |
ISSN: | 2357-738X |
Autores: | Santos, Sandro Martins de Almeida |
Año: | 2016 |
Volumen: | 41 |
Número: | 2 |
Paginación: | 9-31 |
País: | Brasil |
Idioma: | Portugués |
Resumen en portugués | Em diálogo com os estudos de parentesco na antropologia, este artigo discute uma noção contracultural de família a partir de relações afetivas desenvolvidas entre pessoas de diferentes nacionalidades radicadas no interior do Brasil. Eles e elas, antigos moradores de "comunidades alternativas" e também jovens buscadores de uma Nova Era, entendem que uma família natural é reunida pela continuidade das relações recíprocas de amizade e livre obrigação convertidas em relações horizontais de fraternidade. Estabelecem, assim, uma distância em relação à s chamadas famílias biológicas, determinadas pelo nascimento, e ao modelo de sociedade patriarcal, estruturado verticalmente. Não há uma substituição de modelos; as famílias biológicas são incorporadas à família natural quando preenchem os requisitos de horizontalidade e continuidade das relações de reciprocidade. Desde uma visão holista sobre a natureza, são construídos "signos de proximidade" que enfatizam essa experiência contracultural de família. Trata-se de um questionamento a respeito da natureza das relações de parenteco e da predominância das explicações biogenéticas no "Ocidente", revelando uma natureza alternativa que confere forma e conteúdo aos laços familiares. Os dados analisados são resultantes de trabalho de campo conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, entre 2010 e 2012, para elaboração da tese de doutorado do autor. |
Texto completo: | Texto completo (Ver PDF) |