Quando o que se discute é a realidade: Um Defeito de Cor como provocação à História



Título del documento: Quando o que se discute é a realidade: Um Defeito de Cor como provocação à História
Revista: Afro-Asia
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000521699
ISSN: 0002-0591
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade de Sao Paulo, Departamento de Teoria Literaria e Literatura Comparada, Sao Paulo. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Jun
Número: 55
Paginación: 71-109
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés The novel Um defeito de cor, published in 2006 by Ana Maria Gonçalves, can be considered a milestone in the context of contemporary Brazilian literature. Beyond standing out for its verve and the matter of which it sets itself to be a reelaboration, namely our still traumatic past slavery, the book has a narrative focus that is unique in our literature: that of a slave or, if we consider the condition of the narrator at the end of her life, when she dictates her account, of a freed woman. The constitution of this literary text stands as a counterpoint to the, aknowledged and declared, obliteration of the history of black people in the country. In this sense, the novel establishes an intrinsic relationship with the discipline of History and it provokes it. This paper aims to share some of the investigation on how the relations are established between the form of the novel and a historical discourse. In the same continuum, we set out to signal which aspects are likely to occupy the literary field and that constitute the efforts of researchers of social history engaged in elaborating narratives that are commited to the perspectives of blacks in relation to our 18th and 19th centuries. Stemmed in this complex plot, we outline a current movement in which the oppositions “fiction and reality” and “fiction and history” once again challenge literary criticism to revisit and reinterpretate its criteria
Resumen en portugués O romance Um defeito de cor, publicado em 2006 por Ana Maria Gonçalves, pode ser considerado um acontecimento no cenário da produção literária contemporânea brasileira. Além de se destacar por seu fôlego e pela matéria da qual se propõe a ser uma reelaboração, a saber, o nosso ainda traumático passado escravista, o livro tem um foco narrativo inédito em nossas letras: uma escrava ou, se consideramos a condição da narradora ao final de sua vida, quando dita relato, uma liberta. A constituição desse texto literário se realiza como contraponto à, reconhecida e declarada, obliteração da história do povo negro no país. Nesse sentido, o romance estabelece intrínseca relação com a disciplina História e a ela faz uma provocação. O presente trabalho pretende compartilhar algo da investigação acerca do modo como são criadas correspondências entre a forma do romance e um discurso histórico. No mesmo contínuo, procuraremos sinalizar os aspectos passíveis de ocupar o campo do literário e que compõem os esforços dos pesquisadores da história social empenhados em elaborar narrativas comprometidas com as perspectivas dos negros em relação ao nosso século XVIII e XIX.  Ancorados nessa trama complexa, delinearemos um movimento presente no qual as oposições ficção e realidade e ficção e história voltam a interpelar da crítica literária uma revisitação e ressignificação de seus critérios
Disciplinas: Literatura y lingüística
Palabras clave: Literatura y sociedad,
Crítica literaria,
Historia social,
Revuelta de los Males,
Esclavitud,
"Um defeito de cor",
Gonçalves, Ana Maria,
Brasil,
2006
Keyword: Social history,
Literature and society,
Literary criticism,
Revolt of the Males,
Slavery,
"Um defeito de cor",
Gonçalves, Ana Maria,
Brazil,
2006
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