Entre inércia e apatia: tensões e relaxamentos em "Nízia Figueira, sua criada", de Mário de Andrade



Título del documento: Entre inércia e apatia: tensões e relaxamentos em "Nízia Figueira, sua criada", de Mário de Andrade
Revista: Uniletras (Ponta Grossa)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000371810
ISSN: 0101-8698
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal da Integracao Latino-Americana, Foz do Iguacu, Parana. Brasil
Año:
Periodo: Jul-Dic
Volumen: 33
Número: 2
Paginación: 205-223
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés The present paper focuses on the short-story “Nízia Figueira, sua criada”, by Mário de Andrade (1893-1945). Differently from the other short-stories, in which the characters acquire experience and sexual maturity and pass from a happiness stage to an unhappiness one, Nízia has an unauthentic existence, because she continues in a slumber contrasted to the social, political and economical changes happened in São Paulo in the twenties. Sigmund Freud refers life instinct to unhappiness, the nonstop search of satisfaction. On the other hand, the death instinct equals to happiness, that comes from a suddenly satisfaction of human being’s primary needs. In the short-story analyzed, the main character lives in a mythically pre-social stage that comes before the alterity. Nízia continues limited to a glass shade, represented by the croft where she lives with a handmaid to whom she calls cousin. The tensive semiotics model, proposed by Claude Zilberberg and publicized in Brazil by Luiz Tatit, allows the description of the tension (or life instinct) and relaxation (or death instinct) in the passage from the no-knowledge to the knowledge, responsible to the characters’ sexual identity construction. Therefore, the present paper proposes a semiotics analysis of the discursive categories (people, time and space), in the board of tensive modalities, in articulation the psychoanalytical concepts of life instinct and death instinct
Resumen en portugués O presente artigo centra-se no conto “Nízia Figueira, sua criada”, de Mário de Andrade (1893-1945), Diferente das demais narrativas, em que as personagens adquirem experiência e maturidade sexual e passam de um estado de felicidade para o de infelicidade, Nízia vive uma existência inautêntica, ao permanecer em um estado de inércia, imobilismo e apatia diante das transformações sociais, políticas e econômicas que configuram a cidade de São Paulo da década de 1920. Sigmund Freud relaciona a pulsão de vida com a infelicidade, a busca incessante de satisfação. Por outro lado, a pulsão de morte equivale à felicidade, advinda da satisfação repentina de necessidades primárias do sujeito. No caso do conto em análise, há uma permanência da protagonista em um estado miticamente pré-social, anterior à alteridade. Nízia permanece limitada a uma redoma, representada pelo espaço da chácara onde vive com a criada, a quem chama de prima. O modelo semiótico da tensividade, proposto por Claude Zilberberg e divulgado no Brasil por Luiz Tatit, permite a descrição dos estados de tensão (ou pulsão de vida) e relaxamento (ou pulsão de morte) na passagem do não saber para o saber, responsável pela construção das identidades sexuais das personagens. Nessa perspectiva, o presente artigo propõe uma análise semiótica das categorias discursivas (pessoa, tempo e espaço), no quadro das modalidades tensivas, em articulação com os conceitos psicanalíticos de pulsão de vida e pulsão de morte
Disciplinas: Literatura y lingüística
Palabras clave: Cuento,
Narrativa,
Géneros literarios,
"Nizia Figueira, sua criada",
Andrade, Mario de,
Brasil,
Análisis literario,
Psicología
Texto completo: Texto completo (Ver HTML)