A diáspora de Maria: relações sincréticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em "O outro pé da sereia", de Mia Couto



Título del documento: A diáspora de Maria: relações sincréticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em "O outro pé da sereia", de Mia Couto
Revista: Uniletras (Ponta Grossa)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000371815
ISSN: 0101-8698
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Parana. Brasil
Año:
Periodo: Jul-Dic
Volumen: 33
Número: 2
Paginación: 253-267
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés Mary of Galille would become the biggest female icon of Christianity. However, centuries later, her image crosses the seas, inside the Portuguese caravels as the ‘patron saint of colonization’. Mary becomes diasporic and with other deities creates a syncretic relation with them – the same register of the relation with the sacred. From the Portuguese colonization in Africa, the colonizers using religious authority to impose the Christian faith to the Bantu people generated a hybrid and syncretic belief. In the novel O outro pé da sereia (2006), Mia Couto shows how this syncretism united the Portuguese Africa since colonization times to present days, and how Our Lady, the great Christian Mother also underwent this process, becoming in the novel the goddess of African waters. The aim of the article is to analyze this syncretism between the Virgin Mary, Kianda, the Bantu mermaid and Nzuzu, the Mozambican goddess of rivers. The analysis will focus on how the syncretism subverts the relationship between colonizers and colonized, while rescues identities and deep values of (post)-colonial people
Resumen en portugués Nativa da Galileia, Maria tornar-se-ia o maior ícone feminino do cristianismo. Contudo, séculos depois, sua imagem cruza os mares, dentro de caravelas portuguesas, como ‘patrona da colonização’. Maria torna-se diaspórica e desemboca frente a outras divindades, criando uma relação sincrética com estas - um mesmo registro de relação com o sagrado. A partir da colonização portuguesa na África, os colonizadores utilizando a autoridade religiosa, impuseram a fé cristã aos bantos, e geraram assim uma crença híbrida e sincrética. No romance O outro pé da sereia (2006), Mia Couto mostra como esse sincretismo uniu a África portuguesa desde a colonização até os dias de hoje, e como Nossa Senhora, a grande mãe cristã, também passou por esse processo, tornando-se, no romance, as deusas das águas africanas. Nossa proposta é analisar este sincretismo entre a Virgem Maria, Kianda, a sereia banto e Nzuzu, a deusa dos rios moçambicanos. Nossa análise versará sobre de que forma o sincretismo subverte as relações entre colonizadores e colonizados e ao mesmo tempo resgata identidades e valores profundos do sujeito (pós-) colonial
Disciplinas: Literatura y lingüística,
Religión,
Historia
Palabras clave: Novela,
Cristianismo,
Historia de la cultura,
Virgen María,
Sincretismo,
Colonización,
Couto, Mia
Texto completo: Texto completo (Ver HTML)