CIPHERS OF CHANGE: MUSIC AND APOCALYPSE



Título del documento: CIPHERS OF CHANGE: MUSIC AND APOCALYPSE
Revista: Perspectiva teologica (Belo Horizonte)
Base de datos:
Número de sistema: 000540815
ISSN: 0102-4469
Autores: 1
Instituciones: 1University of Amsterdam, Amsterdam. Países Bajos
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 54
Número: 3
Paginación: 609-626
País: Brasil
Idioma: Inglés
Resumen en portugués Centrando-se na questão da possibilidade metafísica de mudança, o artigo aborda uma particular instância musical de transformação: a perda do próprio mundo. A partir da observação de que a música desempenha papel especial quando se trata do colapso de mundos, o artigo analisa duas cenas filosóficas (em Platão e Schopenhauer) nas quais a música é pensada como geradora da possibilidade de mudança. Em Platão, a música ocorre como facilitadora educacional para a mudança (tanto individual como pessoal), e vem descrita ambiguamente em termos tanto de soberania como de ausência de fundamentação. Em Schopenhauer, a música é pensada como fronteira do mundo, onde a perda do próprio mundo (e uma transformação mediante renúncia religiosa) é aspecto estrutural do próprio conceito de música. Essa noção da música como que fora ou à margem do mundo, em sentido hiperbólico e quase redentor, é então trazida para a discussão do filme The Big Short (sucesso de bilheteria de Hollywood em 2015), no qual o histórico colapso de Wall Street em 2007-2008 vem profetizado por uma série de personagens marginais, um dos quais tem relação especial com a música. Mais uma vez a música aparece como figura (uma cifra) para a transformação que esses personagens sentem vir, mudança que, perto do final do filme, sugere uma perda que afeta não só o mundo, mas a própria música. Embora a música tenha sido historicamente considerada como agente de mudança (de sentimentos, conceitos ou sociedades), aqui a própria música é que vem afetada por uma transformação que está além de sua capacidade de percepção e, talvez, além de seu próprio conceito. A ideia de música sugere então uma lógica de mudança que evoca, por um lado, conhecidas hipérboles de antigas reflexões teológicas sobre a música (Agostinho) e, por outro lado, relatos mais recentes de transformações, acontecimentos apocalípticos e milagres em pensadores tão diversos como Derrida e Meillassoux, e em romances ‘apocalípticos’ contemporâneos como Wittgenstein’s Mistress (1988) de David Markson. Será que a perda da música nessas obras sugeriria a possibilidade de novos mundos?
Resumen en inglés Focusing on the question of the metaphysical possibility of change, the article explores a particular musical instance of change: the loss of world. Starting from the general observation that music plays a special role when it comes to the collapse of worlds, it studies two philosophical scenes (from Plato and Schopenhauer) in which music is thought as opening the possibility of change. In Plato, music occurs as an educational facilitator of (individual, personal) change that is ambiguously described in terms of sovereignty and groundlessness. In Schopenhauer, music is thought as the very edge of the world, where the loss of world (and the transition to religious renunciation) is a structural aspect of music’s very concept. This notion of music as being somehow outside, or on the margin of the world, but in a hyperbolical and almost redemptive sense, is then taken into a discussion of the Hollywood blockbuster The Big Short (2015), in which the (historical) 2007 collapse of Wall Street is prophesized by a number of marginal figures, one of whom entertains a special relation to music. Again, music appears as a figure (a cipher) of the change that these characters feel coming, and a shift near the end of the movie suggests a loss that not only affects the world, but this time also music. While music has historically been regarded as an agent of change (of feeling, concept, or sociality), here it would seem that it is music itself that is affected by the possibility of change beyond recognition, and perhaps beyond its own concept. The idea of music would then suggest a logic of change reminding on one hand of the eminent hyperboles of ancient music theologies (Augustine), and on the other hand the more recent accounts of change, apocalypse and miracles in such diverse thinkers as Derrida and Meillassoux, and in contemporary ‘apocalyptic’ novels such as David Markson’s Wittgenstein’s Mistress (1988). Does the loss of music in these works suggest a possibility of new worlds?
Keyword: Change,
Metaphysics,
Music,
Hyperbole,
Apocalypse
Texto completo: Texto completo (Ver HTML) Texto completo (Ver PDF)