Epidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimento



Título del documento: Epidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimento
Revista: Griot (Amargosa)
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000511936
ISSN: 2178-1036
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Parana, Curitiba, Parana. Brasil
Año:
Volumen: 21
Número: 2
Paginación: 199-220
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés Friedrich Nietzsche said that transcendence and the negation of life, both proper of the autophagy of the West’s reactive nihilism, were product of an excess of memory, embodied in resentment and "vengeful soul". On the other hand, to the Yanomami shaman Davi Kopenawa, indigenous leader and author of The Falling Skytogether with the anthropologist Bruce Albert, the forgetfulness of the White people (nape pë) is responsible for their own decay —a decay that carries all non-White people with itself in a dizzying environmental and pandemic cataclysm of earthly scales; this is what Kopenawa and the Yanomami people call "falling sky". In this paper, one intends to deal with this equivocal and perspectivist sense of oblivion, as one sees in it a crucial philosophical question: how to understand the double crossing between oblivion and memory when one quits the Western philosophical discourse and goes on to the sayings of a Yanomami thinker? Was there an equivocation of oblivion at stake, in the sense that forgetfulness is always different depending on its direction?
Resumen en portugués Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e "espírito de vingança". Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro A queda do céu, responsabiliza o esquecimento dos brancos (napë pë) por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um vertiginoso cataclisma ambiental e pandêmico de dimensões planetárias que Kopenawa e os Yanomami chamam de "queda do céu". Neste artigo, pretendemos lidar com essa equivocidade perspectiva do olvido, vislumbrando nela uma questão filosófica crucial: como compreender esse duplo cruzamento entre olvido e memória, quando saímos do discurso filosófico ocidental e partimos para o discurso de um pensador yanomami? Haveria em jogo, aqui, uma equivocidade do olvido, no sentido em que o esquecimento é outro, a depender de sua direção?
Disciplinas: Filosofía
Palabras clave: Doctrinas y corrientes filosóficas,
Gnoseología,
Análisis del discurso,
Kopenawa, Davi,
Antropoceno,
Memoria,
Perspectivismo,
Plagas,
Cosmopolítica,
Yanomamis,
Discurso filosófico
Texto completo: Texto completo (Ver HTML) Texto completo (Ver PDF)