Parceiros em quê? A Aliança para o Progresso e a política editorial de modernização da América Latina no contexto da Guerra Fria



Título del documento: Parceiros em quê? A Aliança para o Progresso e a política editorial de modernização da América Latina no contexto da Guerra Fria
Revista: Esbocos: historias em contexto globais
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000482910
ISSN: 2175-7976
Autores: 1
2
Instituciones: 1University of Denver, History Department, Denver, Colorado. Estados Unidos de América
2Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil
Año:
Periodo: Sep-Dic
Volumen: 26
Número: 43
Paginación: 529-548
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés The Alliance for Progress, program devised by the Kennedy administration early in the 1960s, aimed at promoting regional development of Latin America along US-like capitalist lines, was mired in an inherent contradiction. On the one hand, the program acknowledged that the US could no longer ignore Latin American demands for development. On the other, it realized that its autonomous development, according to the model idealized by the Alliance, could reduce the influence of the United States in the region. In the interplay of Latin American pressures and hegemonic interests of the United States, the Alliance assumed coercive and ideological contours, rendering the partnership for common good meaningless. Grounded on primary documentation produced by the State Department and the US Information Agency (USIA), the present article examines the ideological action of the Alliance for Progress. The focus of the reflection is centered on the analysis of editorial policies implemented along the 1960s, which aimed at influencing debates on the development that took place in Brazil and Latin America so to promote capitalism appropriate to American hegemony. The analysis demonstrates that, in spite of being an innovative and ambitious external policy, the implementation of the Alliance was mired in ideological continuities and geopolitical concerns traditionally shaping the relation between the United States and Latin America
Resumen en portugués A Aliança para o Progresso, política elaborada pelo governo Kennedy, no início dos anos 1960, com fins de promover o desenvolvimento nos moldes capitalistas na América Latina, assentava-se sob um dilema de difícil conciliação. Por um lado, as demandas da região por desenvolvimento econômico não poderiam mais ser ignoradas; por outro, percebia que um desenvolvimento autônomo da América Latina, nos moldes idealizados pela Aliança, poderia levar a uma diminuição da influência regional dos Estados Unidos. Entre as pressões dos países latino-americanos e os interesses hegemônicos dos Estados Unidos, a Aliança foi rapidamente assumindo contornos coercitivos e ideológicos, esvaziando de sentido a proposta de parceria para o bem comum. Baseando-se em documentação produzida pelo Departamento de Estado e pela Agência de Informação dos Estados Unidos (USIA), o presente artigo tem por objetivo tratar da ação ideológica da Aliança para o Progresso. O foco da reflexão apresentada se centra na análise da política editorial implementada ao longo dos anos 1960, que buscava influenciar os debates sobre desenvolvimentismo travados no Brasil e na América Latina e, assim, promover a defesa de um capitalismo adequado à hegemonia estadunidense. A análise demonstra que, apesar de inovadora e ambiciosa como política externa hemisférica, a implementação da Aliança foi permeada por continuidades ideológicas e preocupações geopolíticas tradicionais do relacionamento dos Estados Unidos com a região latino-americana
Disciplinas: Relaciones internacionales
Palabras clave: Relaciones económicas internacionales,
Ideología,
Brasil,
América Latina,
Estados Unidos de América,
Hegemonía,
Guerra Fría,
Alianza para el Progreso,
United States Information Agency (USIA),
Capitalismo,
Política cultural
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