Ética e corpo: a relação silenciada



Título del documento: Ética e corpo: a relação silenciada
Revista: Educacao e pesquisa
Base de datos:
Número de sistema: 000539906
ISSN: 1517-9702
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil
Año:
Volumen: 46
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Ensayo
Resumen en portugués O texto, de caráter ensaístico, investiga as razões da negação ou do silêncio do corpo na ética, tendo como contextualização do problema a tradição platônica, cartesiana e cristã e sua interpretação do ser humano como um duplo corpo-alma, que prioriza a consciência de si e reafirma a fundamentação racional da ética. A partir do século XIX, sob o influxo das tendências filosóficas de aspiração à vida, tem início a revisão do entendimento do corpo. Na sequência, apresenta-se a tese de Shusterman de que a rejeição do corpo na ética se deve à força de sua ambiguidade fundamental e se analisam diferentes expressões dessa ambiguidade inscritas no modo como o corpo as experiencia. Uma visão unificada de corpo e mente, como propõem Espinosa e Damásio, reconhece que consciência e emoção não são separadas e que uma consideração do corpo é decisiva para o cuidado de si e para a atenção aos outros. Por fim, argumenta-se que a estética pode operar em favor do corpóreo na ética, em especial para a ética na educação, pelo trabalho das emoções e sentimentos, pois decisões éticas evocam de maneira consistente experiências intelectuais, mas também emocionais, cuja base é corpórea. A literatura, pela experiência estética que provoca, apresenta condições especiais para narrar a complexidade envolvida na vida ética e trabalhar emoções e sentimentos, como se observa na obra A morte de Virgílio , de Hermann Broch.
Resumen en inglés The text, of an essayistic nature, investigates the reasons for the body’s denial or silence in ethics, contextualizing the problem within the Platonic, Cartesian, and Christian tradition and its interpretation of the human being and body-soul double, which prioritizes consciousness of itself and reaffirms ethics rational foundation. From the twentieth century, under the inflow of the philosophical trends of aspiration to life, there begins the revision of the understanding of the body. Then, Shusterman’s thesis that the body’s rejection in ethics is due to its strong fundamental ambiguity is presented and the different expressions of this ambiguity inscribed in the how the body experiences them are analyzed. A unified view of body and mind, as proposed by Espinosa and Damasio, recognizes that consciousness and emotion are not separated and that a consideration of the body is decisive in the care for oneself and in the attention to others. Lastly, it is argued that esthetics can operate in favor of the corporeal in ethics, especially for ethics in education, through the work of emotions and feelings, as ethical decisions consistently evoke experiences that are intellectual, but also emotional, whose basis is corporeal. Literature, because of the esthetic experience it arises, presents special conditions to narrate the complexity involved in the ethical life and to work emotions and feelings, as observed in Hermann Broch’s The death of Virgil .
Disciplinas: Filosofía
Palabras clave: Etica
Keyword: Body,
Ethics,
Esthetics,
Shusterman
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