"Mulher na roda não é pra enfeitar"! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola



Título del documento: "Mulher na roda não é pra enfeitar"! A ginga feminista e as mudanças na tradição da Capoeira Angola
Revista: Caminhos da História (Montes Claros. Online)
Base de datos:
Número de sistema: 000556116
ISSN: 2317-0875
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN),
Año:
Volumen: 24
Número: 1
Paginación: 82-96
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en inglés This work presents a new scenario in capoeira angola provided by the participation and leadership of women in the groups. It is a recent phenomenon in the history of capoeira Angola: Angolan feminism. Starting from a feminist perspective, I intend to point out how the mechanisms used in traditional discourses that reproduce heteronormative behaviors and sexist classifications are being questioned and reframed. To develop my reflection on this new political scenario, I present the group Nzinga de Capoeira Angola, founded by a woman, master Janja, based in the city of Salvador. This group is a reference for the networks of capoeirista women who are forming around the world and drawing a feminist swing. In this respect, the participation of women is associated with the construction of other narratives with new political subjects, reconstructing the categories "woman" and "man", "femininity" and "masculinity", not as homogeneous and isolated units. In the Encounters of Capoeiristas Women, we seek to observe new forms of contestation and to denounce the gender inequalities present in capoeira. In the capoeira game, women create strategies to face the obstacles imposed by a patriarchal and hegemonic culture and learn to use the body as a political and self-defense weapon to play in life.
Resumen en portugués Este trabalho apresenta um novo cenário na capoeira angola proporcionado pela participação e liderança das mulheres nos grupos. Trata-se de um fenômeno recente na história da capoeira angola: o feminismo angoleiro. Partindo de uma perspectiva feminista, pretendo apontar como os mecanismos utilizados nos discursos tradicionais que reproduzem condutas heteronormativas e classificações sexistas, estão sendo questionados e ressignificados. Para desenvolver a minha reflexão sobre esse novo cenário político apresento o grupo Nzinga de Capoeira Angola, fundado por uma mulher, mestra Janja, com sede na cidade de Salvador. Este grupo é referência para as redes de mulheres capoeiristas que estão se formando pelo mundo e desenhando uma ginga feminista. Neste aspecto, a participação das mulheres está associada à construção de outras narrativas com novos sujeitos políticos, reconstruindo as categorias "mulher" e "homem", "feminilidade" e "masculinidade", não como unidades homogêneas e isoladas. Nos Encontros de Mulheres Capoeiristas, busca-se observar novas formas de contestação e de denunciar as desigualdades de gênero presente na capoeira. No jogo da capoeira, as mulheres criam estratégias para enfrentar os obstáculos impostos por uma cultura patriarcal e hegemônica e aprendem a usar o corpo como uma arma política e de defesa pessoal para jogar na vida.
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