A educação de jovens e adultos trabalhadores e as “novas insurgências” a partir da classe e da raça: pressupostos teóricos para o ensino de geografia



Título del documento: A educação de jovens e adultos trabalhadores e as “novas insurgências” a partir da classe e da raça: pressupostos teóricos para o ensino de geografia
Revista: Boletim paulista de geografia
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000506175
ISSN: 0006-6079
Autores: 1
Instituciones: 1Secretaria de Estado de Educacao do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Brasil
Año:
Periodo: Jul-Dic
Número: 104
Paginación: 142-162
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés This article is the result of a master's research carried out in the Graduate Program in Education, Contemporary Contexts and Popular Demands at the Federal Rural University of Rio de Janeiro (PPGEduc / UFRRJ). We sought to reflect on the intersectionality between class and race in the context of Brazilian society, intertwining with the development of the educational system to understand the demand and maintenance of Youth and Adult Education (EJA) characterized by workers and blacks. Thus, we point to a paradigm break in the teaching of geography in order to accommodate the new social demands brought by the countless social movements: in our case, the black movements, which have direct consequences for the teaching of geography, as they reconfigurethe geographical space, which implies the geographic teaching / learning process. From this perspective, we opted for a methodological approach based on qualitative and bibliographic research. We see the need to look at EJA as an educational field marked by social and racial exclusion. This factor needs to be strongly demarcated in research, in pedagogical practices and in the development and application of public policies aimed at this audience. EJA students are hegemonically workers who occupy formal or informal jobs, or children of the working class, in addition to the vast majority being black; therefore, these two dimensions need to be / be included in the EJA. In the midst of this discussion, we defend the idea that geography, from its object of study, geographic space, has a lot to contribute to the fight against racism, because geographic analyzes can unveil the socioeconomic and racial inequalities that permeate the formation of the Brazilian space and, consequently, the position that these young and adult workers -mostly blacks -occupy in our society
Resumen en portugués Este artigo é resultado dapesquisa de mestrado realizado no Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGEduc/UFRRJ).Buscou-se refletirsobre ainterseccionalidadeentre classe e raça no contexto da sociedade brasileira, entrelaçando com o desenvolvimento do sistema educacionalpara compreendera demanda e a manutenção da Educação de Jovens e Adultos (EJA)caracterizadaspor trabalhadores e negros. Assim,apontamos para aquebra de paradigma no ensino de geografia no sentido deacolher as novas demandas sociais trazidas pelos inúmeros movimentos sociais:emnosso caso, os movimentos negros,que têm desdobramentos diretos para o ensino de geografia, pois reconfiguramo espaçogeográfico, o que implica no processo de ensino/aprendizagem geográfica.Sob essa perspectivaoptamos por uma abordagem metodológica pautadana pesquisa qualitativa ebibliográfica.Observamosa necessidade de olhar para a EJA como um campo educacional marcado pela exclusão social e racial. Esse fator precisa estar fortemente demarcado nas pesquisas, nas práticas pedagógicas e na elaboração e aplicação das políticas públicas voltadas para esse público. Os estudantes da EJA são hegemonicamente trabalhadores que ocupam postos de trabalho formais ou informais, ou filhos da classe trabalhadora, além dagrande maioria ser negra;portanto,essas duas dimensões precisam ser/estar contempladas na EJA.No bojo dessa discussão,defendemosa ideia de que a geografia, a partir do seu objeto de estudo, o espaço geográfico, tem muito para contribuir com o combate ao racismo, pois as análises geográficas podem desvendar as desigualdades socioeconômicas e raciais que permeiam a formação do espaço brasileiro e, por consequência,a posição que esses jovens e adultos trabalhadores–na sua grande maioria negros–ocupam emnossa sociedade
Disciplinas: Geografía
Palabras clave: Geografía humana,
Jóvenes,
Raza,
Enseñanza de la geografía,
Brasil
Texto completo: https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/article/view/1998/1630