O aparato de combate ao crime e a sensacao de inseguranga



Título del documento: O aparato de combate ao crime e a sensacao de inseguranga
Revista: Revista mal-estar e subjetividade
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000261310
ISSN: 1518-6148
Autors:
Any:
Període: Sep
Volum: 5
Número: 2
Paginació: 225-242
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés State spending on law enforcement and security is increasing world wide with the expectation that it will improve public security.Despite these ever larger expenditures on security equipment, police officers, prison construction and to pay for the jailing of more and more criminals, a feeling of public insecurity remain. In some large urban centers this insecurity has reached almost unbearable levels.The subjective feeling of insecurity seems to grow as a result of the anti-crime apparatus rather than as a result of crime itself. This is largely because efforts to repress crime are directed at the poorer population, a population that is more numerous than the social and economic elite. The fictitious connection between criminality and poverty results in the exaggerated fear that wealthier groups are developing against areas of concentrated poverty, especially in large urban areas. It’s not by accident that these ghettos are the main sources of the prison population, which is growing throughout the world, provoking more exclusion and revolt and as a consequence, more insecurity. The public security crisis has been a constant theme in modern society and grows along with urbanization. On the other hand, violent crimes exercise a seductive force over people and receive, in turn, privileged treatment in the mass media. As a result, the public security crisis may be a political construct designed to deal with a chronic problem inside the impersonal urban world. The feeling of “being safe’’, as a result, is perhaps something that can only be measured by communities, but the neither the ghettos of the excluded nor the security fortresses that the rich construct in protected neighborhoods can be called communities
Resumen en portugués Os gastos do Estado com as forças da lei e da ordem crescem no mundo inteiro, com o pretenso propósito de garantir segurança aos cidadãos. Não obstante esses gastos cada vez maiores com equipamentos de segurança, efetivos policiais, construção de prisões e com um crescente encarceramento de pessoas, a sensação de insegurança permanece e chega ao limite do suportável nos grandes centros urbanos. O sentimento subjetivo de insegurança parece aumentar em função mais do aparato de combate ao crime que do crime propriamente. A sensação de insegurança cresce, sobretudo por estar o aparelho repressivo voltado para a vasta camada de população mais pobre, que, evidentemente, é mais numerosa que a do topo social. Dessa ligação fictícia entre a criminalidade e a pobreza, advém o medo exagerado que as classes mais abastadas vêm desenvolvendo contra os guetos e os enclaves populacionais habitados por pobres, nas metrópoles. Não por acaso, são esses guetos os grandes fornecedores da população carcerária, que se agiganta no mundo todo, provocando, por sua vez, mais exclusão, revolta e, conseqüentemente, mais insegurança. A crise da segurança tem sido uma constante nas sociedades modernas e cresce junto com a urbanização. Por outro lado, os crimes violentos exercem uma verdadeira sedução sobre as pessoas, recebendo, em conseqüência, um tratamento privilegiado nos meios de comunicação de massa. Desse modo, essa crise pode ser uma construção política sobre um problema que é crônico no meio urbano impessoal. O sentimento de “estar seguro”, portanto, talvez só possa ser proporcionado pelas comunidades, mas nem os guetos de excluídos, nem tampouco as fortalezas de segurança que os ricos constroem em bairros protegidos, podem ser assim denominados
Disciplines Ciencia política,
Sociología,
Psicología
Paraules clau: Psicología social,
Sistemas de seguridad,
Problemas sociales,
Inseguridad,
Prisión,
Comunidad,
Guetos,
Criminalidad,
Brasil
Text complet: Texto completo (Ver PDF)