Diferenciais socioeconômicos na realização de exame de urina no pré-natal



Título del documento: Diferenciais socioeconômicos na realização de exame de urina no pré-natal
Revista: Revista de saude publica
Base de datos:
Número de sistema: 000538708
ISSN: 0034-8910
Autors: 1
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Institucions: 1Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Medicina,
2Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Pelotas, RS. Brasil
Any:
Període: Jun
Volum: 42
Número: 3
Paginació: 389-395
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en portugués OBJETIVO: A importância do exame de urina na rotina do pré-natal deve-se à infecção do trato urinário na gestante, uma importante causa de parto prematuro e morbidade neonatal. O objetivo do estudo foi analisar fatores associados à solicitação de exames de urina durante a gestação. MÉTODOS: Durante o ano de 2004, 4.163 mulheres residentes na zona urbana de Pelotas (RS) e que haviam realizado pré-natal foram entrevistadas ao darem à luz nos hospitais da cidade. A prevalência da não realização do exame de urina na gestação foi analisada segundo variáveis socioeconômicas, demográficas e de atenção pré-natal. Após análise bivariada, foi realizada regressão logística para identificar fatores associados com o desfecho, controlando para possíveis fatores de confusão, ao nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: A prevalência de não realização do exame de urina foi de 3%. Na análise multivariada verificou-se que mulheres negras, pobres, de baixa escolaridade, solteiras, e que realizaram menos de seis consultas pré-natais, tiveram maior chance de não realizar este exame. Entre gestantes pobres, negras e de baixa escolaridade esta prevalência foi de 10%, contra 0,4% em gestantes brancas, ricas e escolarizadas. CONCLUSÕES: Embora o exame de urina seja importante para evitar complicações na gestação e para o recém-nascido, 3% das gestantes não o realizaram. A utilização da avaliação do exame de urina pode servir como um indicador de qualidade do atendimento pré-natal. Mulheres mais pobres, negras, de baixa escolaridade e sem companheiro devem ser alvo de ações mais específicas para a obtenção de um cuidado pré-natal adequado.
Resumen en inglés OBJECTIVE: Urinalysis is an essential component of the prenatal routine, as urinary tract infections during pregnancy may lead to preterm delivery and neonatal morbidity. The objective of the study was to analyze factors associated to the solicitation of urinalysis during pregnancy. METHODS: During 2004, 4,163 women living in the urban area of Pelotas (Southern Brazil) and who had received prenatal care were interviewed after delivery in the maternity hospitals of the city. Prevalence of the non-performance of urinalysis was analyzed in relation to socioeconomic and demographic variables, as well as to characteristics of prenatal care. After a bivariate analysis, logistic regression was conducted to identify factors associated with the outcome, controlling for possible confusion factors at a 5% level of significance. RESULTS: The prevalence of not having had the test was 3%. The multivariate analysis showed that black skin color, poverty, low schooling, being unmarried and having fewer than six prenatal visits were associated with a higher probability of not carrying out the test. Women who were black, poor and with low schooling presented a 10% probability of not being examined, compared to 0.4% for mothers who were white, wealthy and highly educated. CONCLUSIONS: Despite the fact that urinalysis is essential for preventing complications for the mother and newborn, 3% of the women were not screened. Screening coverage may serve as an indicator to assess the quality of prenatal care. Pregnant women who are black, poor, with low schooling and unmarried should be targeted in programs for improving the quality of care.
Keyword: Pregnancy,
Obstetric Labor, Premature,
Prenatal Care,
Urinalysis,
Socioeconomic Factors,
Cohort Studies
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