| Revista: | Rever (São Paulo) |
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| Número de sistema: | 000591865 |
| ISSN: | 1677-1222 |
| Autores: | Moniz, Jorge Botelho1 |
| Instituciones: | 1Universidade Lusófona, |
| Año: | 2024 |
| Volumen: | 24 |
| Número: | 1 |
| Paginación: | 85-99 |
| País: | Brasil |
| Idioma: | Portugués |
| Resumen en inglés | State and Church relations are everywhere a product of years of history and reflect not only the complexity of the different institutional interactions, but also the social pressure and demand surrounding the religious phenomenon. The World Youth Day (WYD) 2023 in Portugal is a good place to investigate the contemporary contours of this phenomenon. It is a living lab of the separation of State and Church in the country, which allows us to examine new and old religious and political dynamics, especially with the Catholic Church. Through a diachronic analysis of these relationships and a descriptive and analytical methodology, this article analyses the model of separation with cooperation in force in Portugal. It seeks to investigate to what extent the established model of relations between the State and the Church has been challenged by a context such as WYD, in which the public visibility of religion has led to more frequent interactions and a more intense dialogical relationship between the secular and religious fields. It focuses on how WYD pushed the boundaries of this spheres, forcing constant redefinitions in the public space, and analyses how it was received by Portugals highest representatives, political parties, and civil society. It can be concluded that although the model of separation was not affected, a system of cooperation with a specific church was promoted by the state, which guaranteed it a prominent place during the days of WYD. This seems to guarantee the stability of this model of positive secularism which, in the future, seems far from being affected. |
| Resumen en portugués | As relações Estado-Igreja são, em qualquer local, o reflexo de anos de história e refletem não só a complexidade das diferentes interações institucionais, bem como a pressão e procura social em torno do fenómeno religioso. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, em Portugal, é um local privilegiado para se proceder a uma investigação sobre os contornos contemporâneos deste fenómeno. um laboratório vivo das relações Estado-Igreja no país, permitindo examinar as novas e velhas dinâmicas religiosas e políticas, em especial com a Igreja católica. Este artigo, por meio de uma análise diacrónica dessas relações e de uma metodologia descritiva e analítica procede ao exame do modelo de separação com cooperação vigente em Portugal. Procura-se investigar em que medida o modelo de relações Estado-Igreja estabelecido foi desafiado por um contexto, como a JMJ, onde a visibilidade pública da religião provocou interações mais frequentes e uma relação dialógica mais intensa entre o secular e o religioso. Foca-se na forma como a JMJ pressionou as fronteiras deste binómio, obrigando a constantes redefinições no espaço público, e olha para o modo como isso foi recebido pelos mais altos representantes da nação, os partidos políticos e sociedade civil. Conclui-se que, embora o modelo de separação não tenha sido verdadeiramente afetado, um sistema de cooperação com uma igreja específica foi promovido pelo Estado, garantindo-lhe um lugar de destaque durante os dias da JMJ. Isso parece assegurar a estabilidade de um modelo de secularismo positivo que, no futuro, parece longe de vir a ser afetado. |
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