Revista: | Outra travessia |
Base de datos: | CLASE |
Número de sistema: | 000456645 |
ISSN: | 0101-9570 |
Autores: | Cortez, Antonio Carlos1 |
Instituciones: | 1Fundacao Calouste Gulbenkian, Lisboa. Portugal |
Año: | 2010 |
Periodo: | Jul-Dic |
Número: | 10 |
Paginación: | 127-142 |
País: | Brasil |
Idioma: | Portugués |
Tipo de documento: | Ensayo |
Enfoque: | Descriptivo |
Resumen en inglés | It is intended in this essay to question Cesario Verde’s poetry according to Peter Klossowski’s perspective and to equate how the cesaric poetic doesn’t confirm, in the transition from the nineteenth to the twenteth century, a sensibility that is avant la lettre, a klossowskian sensibility, as we can define it when we reread Pierre Klossowski, sadism theoretical and author of Sade mon prochain. Recovering Hélder Macedo thesis about erotic humiliation and the relations between bucolism and sexuality, we intend to postulate that: 1) Cesario’s poetry and the Klossowski’s work can interact as correlated “languages” of one and only worldview_ modern, capitalist, sexualized, apocaliptical, and also the first portuguese historical interpretation in the nineteenth century: the anti-Britishness; 2) that the Klossowski’s thinking about the “Moeda viva” and the modern representation of the city and the masculin/feminin relations correlates with the advent of the erotic relations by a commercial logic based on a crisis of modernity that is, above all, a crisis of form and function of eros; 3) that crisis translates itself in a poetic language – Cesario Verde language – in wich we find a new treatment of urban reality, sexualized, anthropomorphizing the city and/or bestializing the man and his gaze over the woman; 4) that, at last, Cesário Verde read according to a klossowskian code it is ana absolutely new voice in the context of portuguese poetic modernity; reading that finds legitimation on Helder Macedo thesis concerning sadism in the author of “Sentimento de um Ocidental” |
Resumen en portugués | Pretende-se, neste ensaio, interrogar a poesia de Cesário Verde segundo a leitura de Pierre Klossowski, ou melhor, equacionar até que ponto a poética cesárica não confirma, na transição do século XIX para o século XX, uma sensibilidade que é avant la lettre uma sensibilidade klossowskiana, tal qual a podemos definir ao reler Pierre Klosssowski, teórico do sadismo e autor de Sade Meu Próximo (1993). Recuperando as teses de Helder Macedo sobre o erotismo de humilhação e as relações entre bucolismo e sexualidade, pretendemos postular que: 1) A poesia de Cesário e a obra de Klossowsski podem interagir enquanto “linguagens” correlatas de uma mesma mundividência – moderna, capitalista, sexualizada, apocalíptica, para além da evidente interpretação histórica do antibritanismo no Portugal do século XIX; 2) que a reflexão de Klossowski sobre a “Moeda viva” e a representação moderna da cidade e das relações masculino/ feminino relaciona-se com o advento de uma lógica mercantilista das relações eróticas com base numa crise da modernidade que é, antes de tudo, uma crise da forma e função do eros; 3) que essa crise se traduz numa linguagem poética – a de Cesário Verde – na qual encontramos um tratamento novo do real urbano, sexualizado, antropomorfizando a cidade e/ou bestializando o homem e o seu olhar sobre a mulher; 4) que, por último, Cesário Verde, lido segundo uma chave klossowskiana, é uma voz absolutamente nova no contexto da modernidade poética portuguesa; leitura que encontra legitimação nas teses de Helder Macedo relativamente ao sadismo no autor de “Sentimento dum Ocidental” |
Disciplinas: | Literatura y lingüística |
Palabras clave: | Literatura y sociedad, Sadismo, Erotismo, Alegoría, Capitalismo, Símbolo, Representación, Modernidad |
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