Espaço vivido e espaço mental: Dalton Trevisan e a dicotomia social do urbanismo curitibano



Título del documento: Espaço vivido e espaço mental: Dalton Trevisan e a dicotomia social do urbanismo curitibano
Revista: Estudos de literatura brasileira contemporanea
Base de datos:
Número de sistema: 000571995
ISSN: 2316-4018
Autors: 1
Institucions: 1Brown University, Department of Portuguese & Brazilian Studies, Providence, RI. Estados Unidos
Any:
Període: Jul-Dic
Número: 42
Paginació: 151-167
País: Brasil
Idioma: Portugués
Resumen en portugués Este ensaio trata dos contos de Dalton Trevisan e da cidade de Curitiba dentro do contexto do urbanismo como "espaço vivido", para usar a terminologia de André Lefebvre, a fim de entender a dicotomia social entre uma mentalidade rural e uma modernidade urbana. Contrastando os elogios de Curitiba como "cidade verde" com os cenários tragicômicos e nefastos perfilados nas narrativas trevisanianas, este estudo aponta para os vestígios sócio-históricos do passado colonial da cidade e como aquela experiência social ainda marca o comportamento local. Além de mostrar como os contos trevisanianos tendem para o universal, por causa do seu diálogo altamente consciente com o leitor e apesar do seu enfoque regional, sublinhamos como a contradição entre o sardônico e o afetivo revela o lado sentimental mas perturbador dessa comédia humana. Com alusões aos seus contos e haicais como as "imagens-pensantes" (de Walter Benjamin), esta leitura também dá enfoque ao aspecto performativo da sua obra, que serve para desmascarar a hipocrisia escondida nas consciências urbanas dos personagens e dos seus próprios leitores. Contra o espaço mental formulado por planejadores-urbanistas, vê-se como o "espaço vivido" pelos habitantes não coaduna bem com a imagem ecológica promulgada. Porém, no meio da evocação vampiresca da cidade por parte do autor, sempre surge uma dose de compaixão e saudade que, afinal de contas, desafia a imagem de Dalton Trevisan como crítico mordaz e insensível perante a sua Curitiba.
Resumen en inglés This essay deals with the short stories of Dalton Trevisan and the city of Curitiba within the context of urbanism as "lived space", using André Lefebvre’s terminology, with the aim of understanding the social dichotomy between a rural mentality and an urban modernity. By contrasting the many praises that Curitiba has received as a "green city" with tragic-comic and ominous scenarios played out in Trevisan’s narratives, this study points to the socio-historic vestiges of its past as a colonial city and how that social experience still marks local behavior. Besides illustrating how Trevisan’s short stories tend toward the universal, due to their highly conscious dialog with the reader and in spite of its regional focus, we underscore how the contradiction between the sardonic and the affective uncovers the sentimental yet disturbing side of this Human Comedy. With allusions to his stories and haikus as "thinking images" (coined by Walter Benjamin), this reading also emphasizes the performative aspect of his work that serves to unmask the hidden hypocrisy within the urban consciences of his protagonists and those of his readers. In opposition to the mental space formulated by urban planners, one sees how "space lived" by its inhabitants does not tie well into the highly promulgated ecological image of the city. However, in the midst of the city’s vampiresque evocation emanating from the author himself, there always emerges a dose of compassion and nostalgia which in the final analysis challenges Dalton Trevisan’s image as a mordant and insensitive critic of his Curitiba.
Keyword: Curitiba,
Dalton Trevisan,
Space,
Short stories
Text complet: Texto completo (Ver PDF) Texto completo (Ver HTML)