Protagonistas e mediadores: Indígenas e Hidrelétricas na bacia do rio Uruguai



Título del documento: Protagonistas e mediadores: Indígenas e Hidrelétricas na bacia do rio Uruguai
Revista: Campos. Revista de antropologia social
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000437800
ISSN: 1519-5538
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade Federal do Parana, Curitiba, Parana. Brasil
Año:
Volumen: 14
Número: 1-2
Paginación: 115-129
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico
Resumen en inglés The coexistence between indigenous peoples and the undertakings of the electricity sector's enterprises in the Uruguay River basin (RS/SC) has been studied since the seventies, with the pioneering research of anthropologist Silvio Coelho dos Santos. Distributed in many indigenous lands in the region, the Kaingang offered a systematic opposition to major projects that have already resulted in the construction of seven hydroelectric power plants in the Uruguay River basin. However, to the surprise and amazement of many, the Kaingang, in recent years, have shown specific interest in the construction of Small Hydro Power (SHP). They intend to give permission to the construction of SHP on the rivers that cross their lands and participate in their profits. Analyzing this statement is the purpose of this communication. In what contexts arise these demonstrations? What arguments are used to support these projects? How are hydroelectric projects accommodated in indigenous contexts? This communication starts from the analysis of two cases where the Kaingang publicly advocate the construction of power plants in their territories. Using different strategies, indigenous leaders claim the power to define their own development projects. These cases offer a particularly challenging ethonigraphic scenario for anthropological analysis, insofar as they present indigenous people shifting from a marginal condition to the center of the debates about their own development
Resumen en portugués A convivência entre as populações indígenas e os empreendimentos do Setor Elétrico na bacia do rio Uruguai (RS/SC) vem sendo estudada desde os anos setenta, com as pesquisas pioneiras do antropólogo Silvio Coelho dos Santos. Distribuídos em inúmeras terras indígenas da região, os Kaingang constituem oposição sistemática aos grandes projetos que já resultaram na construção de sete usinas hidrelétricas na bacia do rio Uruguai. Entretanto, para espanto e perplexidade de muitos, os Kaingang tem manifestado nos últimos anos interesse específico na construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Eles querem autorizar e ter participação nos lucros de PCHs a serem instaladas nos rios que banham suas terras. Analisar este enunciado é o objetivo desta comunicação. Em que contextos surgem estas manifestações? Quais argumentos são empregados em defesa destes projetos? Como projetos hidrelétricos estão inseridos no contexto indígena? Esta comunicação parte da análise de dois casos em que os Kaingang publicamente defendem a construção de PCHs em seus territórios. Com estratégias distintas, as lideranças indígenas reivindicam o poder de definição de seus projetos próprios de desenvolvimento. Para a análise antropológica estes casos oferecem um cenário etnográfico particularmente desafiador, posto que redimensionam a condição de marginalização e exclusão, inserindo os indígenas no centro dos debates sobre o próprio desenvolvimento
Disciplinas: Antropología
Palabras clave: Etnología y antropología social,
Desarrollo económico,
Brasil,
Río Uruguay,
Kaingang,
Hidroeléctricas,
Participación económica,
Exclusión social,
Impacto socioambiental,
Emprendimiento
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