“Vá e conte ao seu povo”: interpretações e mediações no trabalho antropológico



Título del documento: “Vá e conte ao seu povo”: interpretações e mediações no trabalho antropológico
Revista: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciencias humanas
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000338269
ISSN: 1981-8122
Autores: 1
Instituciones: 1Universidade de Brasilia, Brasilia, Distrito Federal. Brasil
Año:
Periodo: Ene-Abr
Volumen: 3
Número: 1
Paginación: 79-91
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Analítico, descriptivo
Resumen en inglés Anthropologists are translators, interpreters of a culture, of social practices. But what then qualify them as truly interpreters of a society, a group, or a cultural environment? If there is no consent about possible answers to this question, there is no doubt about the place where the final translation will occur: the writing. However, it does not prove the truthfulness of things described, but gives shape to one truth that is not exactly the one ‘natives’ want to be told (“go and tell your people”). What is revealed in ethnographies is a hybrid object that can only be described using what James Clifford said to be “powerful lies of exclusion and rhetoric”. In this article, the discussion about the writing of ethnographies and some aspects that underwrite and determine it will be on its theoretical base. Such questions will finally be confronted with the experience of the researcher himself, based upon a fieldwork in Namibia, in the village of Okondjatu, among a Herero group. It is intended, thereafter, to discuss some general aspects about anthropologists’ experience of speaking its truth about an “other”, of “describe identities” and possess, generally, the dangerous aspect of spokesperson and cultural middleman
Resumen en portugués Antropólogos são tradutores, intérpretes de uma cultura, de práticas sociais. Mas o que os qualificam como intérpretes fiéis de uma sociedade, grupo ou espaço cultural? Se não existe um consenso em relação a possíveis respostas a esta pergunta, ao menos, não há dúvidas do local onde a tradução final se dará: a escrita. Ela, no entanto, não comprova a veracidade dos dados que são expostos, antes, dá forma a uma verdade que não é bem aquela que o nativo deseja que seja contada (“vá e conte ao seu povo”). O que está revelado nas etnografias é, isto sim, um objeto híbrido que só pode ser descrito pelo uso do que James Clifford dizia ser “poderosas mentiras de exclusão e retórica”. Neste artigo, tem-se como base teórica a discussão sobre a escrita etnográfica e sobre certos aspectos que a subscrevem e determinam. Tais questões serão confrontadas com a experiência do próprio pesquisador, baseada em trabalho etnográfico realizado na Namíbia, no vilarejo de Okondjatu, entre o povo Herero. Pretende-se discutir alguns aspectos gerais sobre a experiência dos antropólogos de falar a sua verdade sobre um ‘outro’, de ‘descrever identidades’ e de possuir, muitas vezes, o perigoso aspecto de porta-vozes e mediadores culturais
Disciplinas: Antropología
Palabras clave: Etnología y antropología social,
Antropología de la cultura,
Traducción cultural,
Etnografía,
Escritura,
Herero,
Namibia
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