Psicanalise: uma etica para o tempo da morte de Deus?



Título del documento: Psicanalise: uma etica para o tempo da morte de Deus?
Revista: Artefilosofia
Base de datos: CLASE
Número de sistema: 000336343
ISSN: 1809-8274
Autores: 1
Instituciones: 1Faculdade Jesuita de Filosofia e Teologia, Departamento de Filosofia, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil
Año:
Periodo: Jul
Número: 5
Paginación: 135-143
País: Brasil
Idioma: Portugués
Tipo de documento: Artículo
Enfoque: Teórico
Resumen en inglés When he commented on Lacan’s VII Seminar, The Ethics of Psychoanalysis, Philippe Lacoue-Labarthe, in his article “De l’éthique: à propos d’Antigone”, identifi ed a proposal that he called a non metaphysical “arch-ethics” capable of facing the contemporary challenges unveiled by Heidegger, and concluded, considering Lacan’s remarks on the Freudian myth of the primordial father, that it was there that one could fi nd the only myth for the time of God’s death. However, we know that Lacan himself would have announced in The Seminar, Book XI, The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis (1964), that “the true formula for atheism is not that God is dead – [for] even founding the origin of father’s function in his murder, Freud protects the father – the true formula of atheism is that God is unconscious.” This article intends to show that, despite the indisputable theoretical contiguity between The Seminar: the Ethics of Psychoanalysis (1959-1960) and Heidegger’s thought, here including the adoption of the philosopheme of God’s death, Lacan, in the sequence of his works, does not carry on with this very program. We will observe that the true question for the psychoanalytical atheism is the one on Father God’s death, which will induce us to recognize that Freud’s confrontation with Christian and Jewish monotheism is a much more important coordinate than the one of the ontological endeavor of deconstruction (or Destruktion) of metaphysics. Finally, we will present a case in which the affi rmation of God’s ex-sistence is still relevant to Lacan’s psychoanalytical theorization
Resumen en portugués Ao comentar o Seminário VII de Lacan, A ética da psicanálise, Philippe Lacoue-Labarthe, em seu artigo “De l’éthique: à propos d’Antigone”, reconheceu na proposta ali elaborada o que chamou de uma “arqui-ética” não metafísica capaz de enfrentar os desafi os contemporâneos desvelados por Heidegger, e concluiu, a partir das considerações lacanianas sobre o mito freudiano do pai primevo, que ali se encontrava o único mito para o tempo da morte de Deus. No entanto, sabemos que o próprio Lacan teria anunciado, no Seminário, livro XI, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1964), que: “a verdadeira fórmula do ateísmo não é que Deus está morto – [pois] mesmo fundando a origem da função do pai em seu assassínio, Freud protege o pai – a verdadeira fórmula do ateísmo é que Deus é inconsciente.” Este artigo pretende mostrar que, apesar da incontestável proximidade teórica do Seminário da ética da psicanálise com o pensamento de Heidegger, incluindo aí a adoção do filosofema da morte de Deus, Lacan, na seqüência de sua obra, não leva adiante esse mesmo programa. Observaremos que a verdadeira questão colocada para o ateísmo psicanalítico é a da morte de Deus-pai, o que nos levará a reconhecer que a confrontação de Freud com o monoteísmo judeu e cristão é uma coordenada bem mais importante que a empreitada ontológica da desconstrução (ou Destruktion) da metafísica. Finalmente, apresentaremos um caso em que a afi rmação da ex-sistência de Deus permanece relevante para a teorização psicanalítica de Lacan
Disciplinas: Filosofía,
Psicología
Palabras clave: Etica,
Psicoanálisis,
Muerte de Dios,
Ontología,
Lacan, Jacques,
Heidegger, Martin,
Lacoue-Labarthe, Philippe
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